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Europa quer dar mais poder à ONU
DA REDAÇÃO
Depois da Rússia, da Índia e de
seus membros França e Alemanha, a União Européia condicionou sua participação na reconstrução política e na manutenção
da segurança do Iraque à concessão de amplos poderes à ONU.
Enquanto isso, no Texas, o presidente dos EUA, George W. Bush,
pediu a ajuda de outros países na
reconstrução. "Quanto mais gente envolvida no Iraque, melhor."
Os EUA vêem no destacamento
de uma força militar internacional uma chance de liberar parte
de seu contingente. Hoje há 148
mil soldados dos EUA no Iraque,
e as constantes baixas -ontem o
152º americano foi morto em ataque- minam o moral das tropas,
que, segundo comandantes militares, operam em seu limite.
Mas, embora peçam a cooperação internacional e admitam negociar a ampliação do papel da
ONU no Iraque para obtê-la, os
EUA ressentem-se em ceder a autoridade que detêm no país. Para
o chefe da Autoridade Provisória
de Coalizão, o diplomata americano Paul Bremer, uma resolução
da ONU seria "útil" na obtenção
de apoio internacional, mas "apenas se preservasse a autoridade da
coalizão [anglo-americana]".
Na cúpula de chanceleres da UE
em Bruxelas, o italiano Franco
Frattini, que presidiu a reunião,
afirmou que "diversos ministros"
do bloco sugeriram que a colaboração européia requer uma nova
resolução da ONU. A resolução
1483 reserva à ONU um papel "vital", mas não o define.
Tropa iraquiana
A segunda frente buscada pelos
EUA para reduzir seu contingente
é a criação de tropas iraquianas
-o Exército do país foi dissolvido pela APC.
Em sua primeira visita ao Iraque como chefe do Comando
Central Americano, o general
John Abizaid disse que a força teria 7.000 homens em oito batalhões e entraria em operação em
45 dias. Inicialmente, ela seria
treinada por forças dos EUA e assumiria a guarda de depósitos de
munições e instalações elétricas.
Ontem, mais um soldado americano e seu intérprete iraquiano
foram mortos quando uma bomba explodiu perto do veículo em
que eles estavam, em um subúrbio Bagdá. Com isso, as mortes
americanas em ações hostis no
pós-guerra somam 38 e em todo o
conflito, 152 - cinco a mais do
que na Guerra do Golfo (1991).
Ontem, a TV árabe Abu Dhabi
exibiu uma entrevista com supostos membros da resistência iraquiana não identificados. Eles disseram promover os ataques inspirados por ideais islâmicos, e não
pelo ex-ditador Saddam Hussein
-os EUA atribuem os ataques a
simpatizantes de Saddam.
Com agências internacionais
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