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DIPLOMACIA
Segundo revista, França estaria negociando com as Farc libertação de ex-senadora; irmã diz que avião tinha equipe médica
Brasil pede explicações sobre avião francês em Manaus
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério das Relações Exteriores pediu ontem explicações ao
embaixador da França no Brasil,
Alain Rouquié, sobre o pouso de
um avião militar Hércules C-130
no aeroporto de Manaus (AM)
entre os dias 9 e 12 de julho.
Segundo informação da revista
"Carta Capital", os 11 militares e
diplomatas franceses a bordo teriam o objetivo de negociar a libertação da ex-senadora e ex-candidata à Presidência da Colômbia
Ingrid Betancourt, sequestrada
pela guerrilha terrorista das Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em fevereiro do
ano passado.
O governo francês negou, no sábado, ter mantido contatos ou ter
tentado negociar com as Farc a libertação de Ingrid Betancourt,
que também tem nacionalidade
francesa.
Questionado sobre o assunto,
Amorim afirmou que preferia
não se manifestar porque o assunto ainda estava confuso, segundo sua assessoria. Amorim foi
informado da presença do avião
francês quando estava em Londres, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em
viagem à Europa.
A irmã da ex-senadora, Astrid
Betancourt, disse ontem em entrevista a uma rádio que um informante das Farc teria entrado
em contato com ela no início do
mês para expressar a intenção do
grupo de libertá-la.
Ela disse ter viajado, a pedido do
informante, para a cidade de Leticia, na fronteira com o Brasil. Lá,
ela teria recebido ordens para viajar pelo rio Amazonas para um
novo contato.
"Parecia uma coisa muito séria.
Evidentemente fomos rio abaixo
com um padre, e eu estive dando
voltas pelo Amazonas em vários
locais do dia 5 ao dia 14 de julho,
mas não ocorreu absolutamente
nada", afirmou.
Segundo ela, imaginando que o
motivo da libertação da irmã seria
por problemas de saúde, ela contactou o governo francês, que já se
havia oferecido ao governo colombiano para intermediar um
acordo. A França teria então enviado o avião com uma equipe
médica a Manaus para esperar
pela libertação da ex-senadora.
Para Astrid, as Farc podem ter
desistido de libertar sua irmã por
motivos de segurança, por causa
da repercussão que teve a presença do avião francês em Manaus.
"Evidentemente que a operação
se tornou muito arriscada para os
guerrilheiros", afirmou ela.
Com agências internacionais
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