São Paulo, quinta-feira, 22 de julho de 2010

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LIBERDADE DE IMPRENSA

SIP condena intenção de Chávez de controlar 48,5% de TV privada

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou o anúncio do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de que seu governo pretende controlar quase a metade das ações da TV privada Globovisión.
A organização, com sede nos EUA, classificou a ação de "atropelo flagrante à liberdade de imprensa e à liberdade de empresa" na Venezuela.
A Chancelaria dos EUA disse que observará "cuidadosamente" o caso.
Anteontem, Chávez disse que o governo passaria a controlar 48,5% das ações da emissora. O montante equivale à soma das ações do banqueiro Nelson Mezerhane, que fugiu para os EUA após seu banco ser submetido a intervenção federal, e de Luis Teófilo Nuñez, morto em 2007.
Chávez também afirmou que nomearia representante para o conselho da empresa.
Ontem, no entanto, a emissora negou qualquer intenção em mudar sua linha editorial, de crítica aberta a Chávez, e disse que a entrada de um novo membro no conselho teria de ser aprovada pelos demais.
"Resistiremos aos atropelos do caudilho", disse Alberto Federico Ravell, dono de 10% das ações do canal.
A SIP lembrou que há quatro anos denuncia uma campanha do governo Chávez contra a Globovisión e o seu proprietário, Guillermo Zuloaga.
Zuloaga, premiado ontem pela organização com o Grande Prêmio à Liberdade de Imprensa, deixou a Venezuela após ter sua prisão decretada. Ele acusa o governo de persegui-lo por razões políticas.


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