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São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2003

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CLIMA

Balanço abrange período entre final de julho e meio de agosto; na Holanda, governo estima de 500 a 1.000 mortos

Portugal anuncia 1.316 mortes pelo calor

DA REDAÇÃO

Ontem foi a vez de Portugal estimar seu número de mortes por causa da onda de calor. O Ministério da Saúde do país anunciou que 1.316 pessoas morreram.
Com as estimativas dos mortos por causa do calor na França a cada dia maiores (leia texto abaixo), outros países europeus começaram a divulgar seus números.
Além de Portugal, a Holanda anunciou ontem que entre 500 e 1.000 mortes foram registradas.
O cálculo português abrange o período entre o final de julho e a metade deste mês e se baseia na comparação com a mesma época do verão passado. O total divulgado representa o que ficou acima do número de vítimas em 2002.
O Ministério da Saúde de Portugal afirmou que o número de 1.316 mortes está abaixo do causado pela onda de calor de 1981 e próximo do registrado em 1991.
O período de altas temperaturas neste ano foi o mais longo e com as piores marcas na história do país. O calor chegou aos 40C.
O Ministério da Saúde não detalhou as circunstâncias das mortes por causa do calor. Na França, as vítimas foram, sobretudo, idosos com desidratação e hipertermia.
Outra aspecto dos casos franceses foi que muitos idosos estavam sozinhos, porque a família havia viajado para as férias de verão.
Portugal também foi atingido pelos piores incêndios em mais de 20 anos, que destruíram uma área florestal do tamanho de Luxemburgo e mataram 18 pessoas.
O governo português chegou a calcular um prejuízo de 925 milhões por causa dos incêndios.
O país precisou até convocar 800 soldados de suas tropas de paz no Timor Leste e na Bósnia para ajudar a combater o fogo. Foram pedidos ainda auxílio financeiro da União Européia e o envio de helicópteros por parte da Otan (a aliança militar ocidental).
Na Holanda, a estimativa divulgada abrange as mortos de junho até agora. O órgão de estatísticas do governo calcula que, a cada grau a mais acima da média de temperatura no verão, foram registradas 25 mortes por semana.
"Essas pessoas não morreram diretamente por causa do calor, mas tiveram um processo mais rápido do que o registrado normalmente", explicou um porta-voz da agência de estatísticas.
No pico da onda de calor no país, a temperatura atingiu 38C, a segunda mais alta da história da Holanda. Apesar de o calor ter diminuído, a seca contínua também causou problemas aos fazendeiros, que esperam perdas na safra.
Na Itália, o governo anunciou que o número de mortos por causa do calor cresceu 20% em relação ao verão do ano passado, mas não divulgou os números. Na Espanha, ocorreram 100 mortes.


Com agências internacionais

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