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CLIMA
Balanço abrange período entre final de julho e meio de agosto; na Holanda, governo estima de 500 a 1.000 mortos
Portugal anuncia 1.316 mortes pelo calor
DA REDAÇÃO
Ontem foi a vez de Portugal estimar seu número de mortes por
causa da onda de calor. O Ministério da Saúde do país anunciou
que 1.316 pessoas morreram.
Com as estimativas dos mortos
por causa do calor na França a cada dia maiores (leia texto abaixo),
outros países europeus começaram a divulgar seus números.
Além de Portugal, a Holanda
anunciou ontem que entre 500 e
1.000 mortes foram registradas.
O cálculo português abrange o
período entre o final de julho e a
metade deste mês e se baseia na
comparação com a mesma época
do verão passado. O total divulgado representa o que ficou acima
do número de vítimas em 2002.
O Ministério da Saúde de Portugal afirmou que o número de
1.316 mortes está abaixo do causado pela onda de calor de 1981 e
próximo do registrado em 1991.
O período de altas temperaturas
neste ano foi o mais longo e com
as piores marcas na história do
país. O calor chegou aos 40C.
O Ministério da Saúde não detalhou as circunstâncias das mortes
por causa do calor. Na França, as
vítimas foram, sobretudo, idosos
com desidratação e hipertermia.
Outra aspecto dos casos franceses foi que muitos idosos estavam
sozinhos, porque a família havia
viajado para as férias de verão.
Portugal também foi atingido
pelos piores incêndios em mais de
20 anos, que destruíram uma área
florestal do tamanho de Luxemburgo e mataram 18 pessoas.
O governo português chegou a
calcular um prejuízo de 925 milhões por causa dos incêndios.
O país precisou até convocar
800 soldados de suas tropas de
paz no Timor Leste e na Bósnia
para ajudar a combater o fogo.
Foram pedidos ainda auxílio financeiro da União Européia e o
envio de helicópteros por parte da
Otan (a aliança militar ocidental).
Na Holanda, a estimativa divulgada abrange as mortos de junho
até agora. O órgão de estatísticas
do governo calcula que, a cada
grau a mais acima da média de
temperatura no verão, foram registradas 25 mortes por semana.
"Essas pessoas não morreram
diretamente por causa do calor,
mas tiveram um processo mais
rápido do que o registrado normalmente", explicou um porta-voz da agência de estatísticas.
No pico da onda de calor no
país, a temperatura atingiu 38C,
a segunda mais alta da história da
Holanda. Apesar de o calor ter diminuído, a seca contínua também
causou problemas aos fazendeiros, que esperam perdas na safra.
Na Itália, o governo anunciou
que o número de mortos por causa do calor cresceu 20% em relação ao verão do ano passado, mas
não divulgou os números. Na Espanha, ocorreram 100 mortes.
Com agências internacionais
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