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Choque de trens no Egito deixa 58 mortos
Colisão de trens aconteceu 20 km do norte o Cairo, após o condutor de uma das locomotivas ignorar sinal para parar
Pior acidente de trem em quatro anos está sendo investigado; responsável pela administração ferroviária foi afastado
DA REDAÇÃO
A colisão de dois trens de
passageiros em uma estação
ferroviária no norte do Egito,
ontem, deixou pelo menos 58
mortos e 143 feridos, segundo o
ministro da Saúde do país, Hatem el Gabaly. O acidente ocorreu pouco depois das 7h locais
(1h em Brasília), numa estação
dos arredores de Qalyoub, 20
km ao norte do Cairo.
Ambos os trens se dirigiam
ao sul e levavam moradores das
cidades de Mansoura e Benha,
no Delta do Nilo, que trabalhavam na capital egípcia.
O trem que vinha de Mansoura estava a uma velocidade
de pelo menos 80 km/h quando
a colisão ocorreu -após passar
direto por um sinal de "pare"
próximo da estação de Qalyoub, segundo policiais.
Uma investigação foi aberta
para apurar as causas do acidente. O responsável pela administração ferroviária no país,
Hanafi Abdel-Qawi, atribuiu o
acidente a uma "falha humana"
e, segundo a mídia egípcia, foi
afastado de suas funções.
O condutor do trem de Mansoura morreu na hora do acidente, e a locomotiva capotou
quando atingiu o outro trem,
que estava parado na estação.
A defesa civil, a polícia e o
Exército trabalharam juntos à
procura de sobreviventes e de
corpos entre vagões retorcidos.
Calçados e roupas ensangüentadas se espalhavam pela
plataforma da estação. Um morador de Qalyoub que ajudou
nos resgates disse que a maioria dos passageiros era de homens com idades entre 20 e 50
anos. "Carreguei muitos mortos, e muitos deles eram apenas
partes de corpos. Minhas próprias roupas ficaram encharcadas com sangue", disse Raslan
Abdel-Aziz, mecânico do Exército egípcio.
O passageiro Eid Mohammed Saber, 37, disse que estava
dormindo no momento da batida e que acordou com gritos e
com as pessoas se atropelando
umas às outras na tentativa de
escapar.
Acidentes de trem não são incomuns no Egito e quase sempre ocorrem devido à falta de
manutenção. O pior desastre
ferroviário no país, em 2002,
deixou 363 mortos.
Com agências internacionais
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