São Paulo, sábado, 22 de agosto de 1998

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Paquistão se retrata por declaração errada

das agências internacionais

A chancelaria do Paquistão se retratou ontem com o governo dos EUA após o país ter anunciado que um dos mísseis norte-americanos tinha errado o alvo e atingido solo paquistanês, matando seis civis.
Islamabad reconheceu ter dado declarações com base em informação imprecisa. Os ataques norte-americanos de quinta-feira tinham como objetivo bases de treinamento de grupos terroristas no Afeganistão. Pelo menos um desses campos fica a cerca de 10 km da fronteira paquistanesa.
Um porta-voz do governo disse ontem que os radares do Paquistão não detectaram invasão de seu espaço aéreo durante a ação dos EUA. Afirmou, porém, que os mísseis Tomahawk conseguem escapar aos radares porque voam a baixa altitude.
"Como presumíamos que nossa soberania tinha sido violada, enviamos uma nota de protesto ao governo norte-americano", disse o porta-voz.
Em conversa telefônica com Bill Clinton, o premiê paquistanês, Nawaz Sharif, expressou reprovação ao ataque, que teria sido, segundo ele, "uma violação à soberania e integridade territorial de Estados independentes".



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