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MEDO DE VINGANÇA
FBI recomenda reforçar a vigilância em aeroportos e edifícios públicos do país após ataques
EUA temem atentado e reforçam segurança
das agências internacionais
Os EUA reforçaram ontem a
segurança em
aeroportos e
edifícios públicos temendo retaliações terroristas. O FBI (a
polícia federal dos EUA) enviou
comunicado às polícias municipais e estaduais alertando que os
ataques de anteontem devem
"elevar os riscos de atentados".
O resultado pode ser visto, por
exemplo, nos aeroportos. Cães farejadores circulavam nos saguões
atrás de bagagens que pudessem
conter bombas. A polícia também
fazia patrulha ontem em locais
considerados estratégicos.
"Não temos nenhuma informação segura de que há ameaças contra alvos domésticos", disse o
porta-voz do FBI, Frank Scafidi.
Após os bombardeios norte-americanos de quinta-feira -que
atingiram uma indústria farmacêutica no Sudão (onde, segundo
os EUA, estariam sendo produzidas armas químicas) e supostas
bases terroristas no Afeganistão-
grupos extremistas ameaçaram
novos atentados.
A secretária de Estado dos EUA,
Madeleine Albright, disse estar
"muito preocupada" com a possibilidade de "ações de represália". Segundo ela, a milícia extremista islâmica Taleban, que controla quase todo o Afeganistão,
"declarou guerra aos EUA".
A maioria dos ministérios norte-americanos, no entanto, não
reforçou sua segurança. As exceções são os departamentos de Defesa e de Justiça. Os empregados
foram alertados para verificar se
seus veículos estão sendo vigiados
em lugares públicos e fechar as janelas e as cortinas dos escritórios.
Membros das unidades de elite
do Pentágono estão patrulhando a
entrada de edifícios públicos. O
Departamento de Estado também
reforçou a segurança, assim como
as embaixadas e os consulados
norte-americanos.
Em frente à Casa Branca, o número de policiais e de agentes do
serviço secreto encarregados da
segurança do presidente dos EUA,
Bill Clinton, continuava o mesmo.
"Não devemos entrar em pânico, mas estar preparados para um
novo tipo de guerra", disse o senador republicano Gordon Smith.
Volta às férias
O presidente dos EUA retomou
suas férias ontem, após ter voltado
a Washington para reuniões com
conselheiros em assuntos de segurança nacional. Ele voltou à ilha de
Martha"s Vineyard, no Estado de
Massachussets, onde descansará
com sua mulher, Hillary, e a filha,
Chelsea, durante 12 dias.
Anteontem, Clinton teve de voltar à capital para fazer também
pronunciamento sobre os ataques
ao Sudão e ao Afeganistão.
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