São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2010

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FOCO

Iraniano diz que EUA também têm "Sakinehs"

Ahmadinejad critica mídia por "silêncio"

DA FRANCE PRESSE

Os EUA também têm suas "Sakinehs", mas a imprensa internacional trata o tema com silêncio, disse o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao se reunir com muçulmanos em Nova York.
Em visita ao país para a Assembleia Geral das Nações Unidas, o iraniano citou o caso de uma americana condenada à morte por matar o marido com ajuda do amante.
A iraniana Sakineh Ashtiani, 43, foi condenada ao apedrejamento sob a acusação de cooperar com o assassinato de seu marido -em julho, o Irã anunciou que a pena de Sakineh foi suspensa e que o caso será reexaminado.
A diferença, segundo Ahmadinejad, é que a americana Teresa Lewis é considerada deficiente mental e seu caso não teve repercussão.
"Uma mulher está sendo executada nos EUA e ninguém protesta", disse ele, para quem o Irã é vítima de "campanha midiática", segundo a agência estatal Irna.
Ontem, a Suprema Corte dos EUA negou clemência a Lewis. A previsão é que ela seja executada nesta quinta-feira. Seus advogados dizem que ela é doente mental e que foi manipulada pelo assassino, que não foi condenado à morte mas se matou.
Ahmadinejad disse que, segundo pesquisa, foram publicadas 3,7 milhões de páginas na internet sobre o caso Sakineh, mas nada sobre as "53 mulheres que aguardam execução nos EUA".


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