São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 2002

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EUA

Polícia se nega a classificá-los como suspeitos da série de assassinatos na área de Washington; a dupla pode ser de imigrantes ilegais

Dois são presos em conexão com o atirador

DA REDAÇÃO

Dois homens foram detidos ontem em conexão com os crimes do "atirador de Washington", como é conhecido o autor de uma série de ataques na área da capital americana que deixaram nove mortos e três feridos desde o dia 2.
A polícia não quis confirmar se os dois eram suspeitos pelos ataques. Eles foram detidos na manhã de ontem na Virgínia, o Estado onde, há três dias, um homem de 37 anos foi gravemente ferido por um tiro em Ashland. Análises forenses concluídas ontem indicam que o disparo foi feito com a mesma arma usada em 11 ataques semelhantes na região.
O homem foi baleado no estacionamento da churrascaria Ponderosa e, assim como as outras vítimas, atingido por um único tiro, disparado à distância. Seu estado era estável ontem, após sofrer uma cirurgia em que foram removidos seu baço e partes de seu pâncreas e de seu estômago.
"As duas pessoas que estão detidas estão sendo interrogadas sobre o ataque [em Ashland]", disse o xerife do Condado de Hanover, Stuart Cook. Ele só os identificou como sendo do sexo masculino. "Eles estão sendo interrogados no que concerne à investigação, mas não foram acusados."
Mais tarde, um funcionário do Serviço de Imigração e Naturalização dos EUA, que pediu para não ser identificado, disse que eles seriam deportados em breve. Os dois, um mexicano de 24 anos e um guatemalteco de 35 anos, teriam violado leis de imigração.
Um dos homens foi detido por autoridades em um posto de gasolina perto de Richmond, que confiscaram a van branca onde ele estava. Testemunhas afirmaram ter visto uma van ou caminhonete branca perto dos locais onde o atirador agiu. Segundo relatos na TV americana, o outro teria sido preso enquanto usava um telefone público no posto.
A polícia não quis dar detalhes sobre as prisões ou responder se o número do telefone público era o mesmo mencionado em uma mensagem encontrada no sábado perto do restaurante em Ashland onde a última vítima foi atingida.
O chefe da polícia do Condado de Montgomery, Charles Moose, que coordena as investigações sobre o caso, pediu anteontem ao autor da mensagem que ligasse para as autoridades.
Ontem, ele disse: "A mensagem que precisa ser passada é a de que vamos responder a uma mensagem que recebemos. Estamos preparando nossa resposta".
Horas mais tarde, Moose disse que um telefonema havia sido recebido, mas que não havia sido possível entender tudo o que a pessoa que ligara falou. Ele pediu que ela ligasse de novo.
"A pessoa para quem você ligou não conseguiu ouvir tudo o que você disse. O som não estava claro, e queremos entender direito. Ligue-nos de novo para que possamos entender claramente", afirmou Moose.
Ele não quis dizer se a mensagem de sábado à noite em Ashland, cuja forma e cujo conteúdo não foram revelados, consistia nesse telefonema ou se esse telefonema fora um evento posterior.


Com agências internacionais


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