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EUA
Polícia se nega a classificá-los como suspeitos da série de assassinatos na área de Washington; a dupla pode ser de imigrantes ilegais
Dois são presos em conexão com o atirador
DA REDAÇÃO
Dois homens foram detidos ontem em conexão com os crimes
do "atirador de Washington", como é conhecido o autor de uma
série de ataques na área da capital
americana que deixaram nove
mortos e três feridos desde o dia 2.
A polícia não quis confirmar se
os dois eram suspeitos pelos ataques. Eles foram detidos na manhã de ontem na Virgínia, o Estado onde, há três dias, um homem
de 37 anos foi gravemente ferido
por um tiro em Ashland. Análises
forenses concluídas ontem indicam que o disparo foi feito com a
mesma arma usada em 11 ataques
semelhantes na região.
O homem foi baleado no estacionamento da churrascaria Ponderosa e, assim como as outras vítimas, atingido por um único tiro,
disparado à distância. Seu estado
era estável ontem, após sofrer
uma cirurgia em que foram removidos seu baço e partes de seu
pâncreas e de seu estômago.
"As duas pessoas que estão detidas estão sendo interrogadas sobre o ataque [em Ashland]", disse
o xerife do Condado de Hanover,
Stuart Cook. Ele só os identificou
como sendo do sexo masculino.
"Eles estão sendo interrogados no
que concerne à investigação, mas
não foram acusados."
Mais tarde, um funcionário do
Serviço de Imigração e Naturalização dos EUA, que pediu para
não ser identificado, disse que eles
seriam deportados em breve. Os
dois, um mexicano de 24 anos e
um guatemalteco de 35 anos, teriam violado leis de imigração.
Um dos homens foi detido por
autoridades em um posto de gasolina perto de Richmond, que
confiscaram a van branca onde
ele estava. Testemunhas afirmaram ter visto uma van ou caminhonete branca perto dos locais onde o atirador agiu. Segundo relatos na TV americana, o outro teria sido preso enquanto usava um
telefone público no posto.
A polícia não quis dar detalhes
sobre as prisões ou responder se o
número do telefone público era o
mesmo mencionado em uma
mensagem encontrada no sábado
perto do restaurante em Ashland
onde a última vítima foi atingida.
O chefe da polícia do Condado
de Montgomery, Charles Moose,
que coordena as investigações sobre o caso, pediu anteontem ao
autor da mensagem que ligasse
para as autoridades.
Ontem, ele disse: "A mensagem
que precisa ser passada é a de que
vamos responder a uma mensagem que recebemos. Estamos
preparando nossa resposta".
Horas mais tarde, Moose disse
que um telefonema havia sido recebido, mas que não havia sido
possível entender tudo o que a
pessoa que ligara falou. Ele pediu
que ela ligasse de novo.
"A pessoa para quem você ligou
não conseguiu ouvir tudo o que
você disse. O som não estava claro, e queremos entender direito.
Ligue-nos de novo para que possamos entender claramente",
afirmou Moose.
Ele não quis dizer se a mensagem de sábado à noite em Ashland, cuja forma e cujo conteúdo
não foram revelados, consistia
nesse telefonema ou se esse telefonema fora um evento posterior.
Com agências internacionais
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