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Aliança apóia intervenção da ONU no Iraque
DA REDAÇÃO
Os 19 países-membros da Otan
(aliança militar ocidental) concordaram ontem em apoiar os esforços da ONU para desarmar o Iraque, mas, divididos em relação
à perspectiva de um possível conflito, não prometeram ir à guerra
por causa da questão.
Um comunicado divulgado durante a reunião da aliança em Praga dizia: "Os aliados da Otan estavam unidos em seu compromisso
de tomar medidas efetivas para
auxiliar e apoiar os esforços da
ONU para assegurar que o Iraque
cumpra integral e imediatamente
a resolução 1441 do Conselho de
Segurança da ONU".
Essa resolução, aprovada dia 8,
determina a volta de inspetores da
ONU ao Iraque após uma ausência de quatro anos para que eles
encontrem e destruam as armas
químicas, biológicas e nucleares
que Washington crê que Bagdá
esteja escondendo. Uma equipe
de técnicos da ONU passou dois
dias em Bagdá nesta semana.
"Lembramos que o CS advertiu
o Iraque de que o país enfrentará
sérias consequências se continuar
violando suas obrigações", afirmava o comunicado.
Alemanha (leia texto acima) e
França assinaram a declaração da
Otan, mas reafirmaram seu distanciamento de alguns aspectos
da política americana.
Diplomatas disseram que os
EUA pressionaram por uma declaração mais forte de apoio a
seus esforços para desarmar o Iraque, usando a força se necessário,
mas que a oposição de alguns aliados fez com que os termos fossem
amenizados no comunicado final.
Coalizão
Os EUA pediram a cerca de 50
países nesta semana que dissessem com o que colaborariam para
construir uma coalizão militar caso seja necessário usar a força para desarmar o Iraque.
Um funcionário do governo
francês disse após um encontro
entre os presidentes dos EUA,
George W. Bush, e da França, Jacques Chirac, que Paris não se
comprometeria a nada antes de o
CS discutir o uso da força.
Austrália e Coréia do Sul afirmaram ontem que ainda não haviam decidido se colaborariam.
Zona de exclusão
Aviões militares americanos e
britânicos voltaram a bombardear ontem a zona de exclusão aérea no sul do Iraque.
Segundo o Pentágono, o alvo
era um radar de defesa aérea iraquiano, atacado porque forças
iraquianas haviam sido vistas movendo uma bateria de mísseis para a zona de exclusão.
De acordo com o governo do
Iraque, caças ocidentais bombardearam alvos civis e foram "expulsos" por ataques antiaéreos
iraquianos.
O Iraque não reconhece as zonas de exclusão aérea criadas unilateralmente pelos EUA e aliados
ocidentais após a Guerra do Golfo
de 1991 para evitar que Bagdá atacasse rebeldes curdos (no norte
do país) e xiitas (no sul).
Com agências internacionais
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