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Terror triplicou após o 11/9, diz estudo alemão
Três quartos dos ataques não têm motivo religioso
DA EFE
Os atentados terroristas triplicaram desde o 11 de Setembro, e apenas uma pequena
parte deles foi motivada por razões religiosas. Além disso, o
principal foco não foi o Oriente
Médio, mas a Ásia, segundo informe publicado pela fundação
alemã Bertelsmann.
Nos últimos cinco anos, o número de atentados terroristas
aumentou de 700 para 2.000
por ano, e o de feridos, de 4.000
para 13 mil pessoas.
Apenas 26% desse total pode
ser atribuído a grupos religiosos muçulmanos. Movimentos
nacionalistas e separatistas são
os grupos por trás de mais ataques -cerca de 36%.
O estudo tampouco confirma
a impressão e que Oriente Médio seja o centro da violência
terrorista. O levantamento
aponta que a maioria dos atentados tem sido cometida na
Ásia, onde o número de conflitos é três vezes maior na comparação entre as duas regiões.
Os números mostram ainda
que 80% dos atentados ocorrem em poucas regiões: Rússia
e Tchetchênia, o triângulo Índia-Caxemira-Paquistão, Filipinas, Indonésia, Iraque e, do
outro lado do globo, Colômbia.
"Apesar de nossa percepção
de ameaça ser outra devido aos
atentados de Nova York, Londres e Madri, a violência política tem geralmente lugar onde é
a sua origem, devido a injustiças sociais ou à marginalização
de grupos discriminados", afirma o autor do estudo, Aurel
Croissant, da Universidade de
Heidelberg.
Segundo Croissant, "a causa
principal da violência política
não é, portanto, o fundamentalismo religioso, mas a pobreza,
a segregação étnica, a debilidade de um Estado assim como a
intervenção externa".
A sua conclusão é que, para
melhora a segurança mundial,
a prioridade é empreender políticas contra pobreza e o fomento da democracia e da governabilidade.
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