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Sabotagem atinge trilhos dos trens em greve
DA REDAÇÃO
Quatro linhas do trem francês de alta velocidade (TGV) foram objeto de sabotagem na
madrugada de ontem, o que
provocou atrasos ainda mais
significativos no transporte de
passageiros, já agravado pela
greve no setor, que ontem entrou em seu oitavo dia.
É possível que a greve dos
ferroviários termine ainda hoje. Ontem, as primeiras 50 reuniões nos locais de trabalho terminaram com o voto pela suspensão do movimento.
O primeiro-ministro François Fillon acusou os sabotadores, ainda não identificados, de
tentarem comprometer as negociações já iniciadas entre o
governo e grevistas. Os sindicatos qualificaram o ato de "criminoso" e disseram desaprová-lo de modo categórico.
Fogo nos trilhos
Fogueiras acesas nos trilhos
danificaram equipamentos de
sinalização em regiões diferentes e distantes de Paris. Em razão da sabotagem, os TGVs que
circularam (dois a cada três
previstos) sofreram atrasos de
uma a três horas.
Esses trens, que começaram
a circular em 1981, atingem 320
km/h e precisam de vias especiais em que a sinalização eletrônica substitui os sinais visuais. O maior trecho ontem sabotado, entre Paris e Le Mans,
tinha cerca de 30 km.
A direção da ferrovia SNCF
teve sua primeira reunião com
os grevistas, que protestam
contra o plano do presidente
Nicolas Sarkozy de pôr fim ao
regime especial de aposentadorias, com dois anos e meio a
menos de cotização, o que vale
para algumas categorias.
Estavam ontem paralisados
pouco mais de 20% dos funcionários daquela estatal.
A greve também continua a
se esvaziar nos metrôs de Paris,
onde os grevistas se reúnem
hoje em assembléia. Duas linhas funcionam normalmente,
e as demais registravam ontem
no mínimo uma em cada três
composições. Apenas as linhas
do metrô expresso permaneciam semiparalisadas.
O governo não pretende fazer concessões de fundo aos
sindicatos. Uma das propostas
levantadas ontem consistiu em
incorporar ao salário dos futuros aposentados as gratificações recebidas na ativa. Porta-vozes oficiais também disseram que as negociações poderão prosseguir até dezembro.
Anteriormente o governo havia
fixado o prazo de um mês.
Com agências internacionais
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