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São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Plano tem oponentes

Israel pode remover "milhares de colonos"

DA REDAÇÃO

O vice-premiê de Israel, Ehud Olmert, disse em reunião do Conselho de Ministros, em Jerusalém, que "dezenas de milhares de colonos" poderão ser remanejados caso o atual plano de paz para a região não avance e o governo Sharon coloque em prática suas "medidas unilaterais" para separar israelenses e palestinos.
"Não há dúvidas de que será um processo doloroso, que nos machucará o coração e que pode levar a uma confrontação de proporções desconhecidas na vida do país", afirmou Olmert.
Na Cisjordânia, a reação de alguns colonos foi a de começar a cercar suas posses e estocar mantimentos. Eles prometem lutar contra qualquer tentativa do governo de removê-los. "Como pode um judeu abandonar sua casa na terra de Israel? Vamos resistir até o fim", disse Itai Harel, 29, morador da comunidade de Migron.
Existem ao menos 230 mil assentados entre os 3,6 milhões de palestinos que vivem na faixa de Gaza e na Cisjordânia. Os assentamentos são considerados ilegais pela comunidade internacional -Israel contesta isso.

Hamas
Tropas israelenses prenderam ontem, depois de diversas ações militares em Nablus (Cisjordânia), Adnan Asfour, líder do Hamas na região. A maior parte do comando atual do grupo terrorista palestino fica na faixa de Gaza. Israel prendeu ou matou a maioria dos líderes do grupo na Cisjordânia nos últimos três anos de conflitos.
Ainda ontem, no campo de refugiados Balata, próximo a Nablus, médicos palestinos disseram que um menino de seis anos foi morto a tiros durante confronto entre soldados israelenses e manifestantes palestinos. "Ele estava saindo de casa, segurando um sanduíche, quando levou um tiro", disse o vizinho que levou o menino ao hospital. O Exército israelense disse que os soldados abriram fogo depois de serem atacados por uma multidão com pedras e uma bomba.
O jornal israelense "Yediot Ahronot" publicou ontem declaração do presidente norte-americano, George W. Bush, de que é preciso "livrar-se" do líder palestino Iasser Arafat para fazer andar o processo de paz no Oriente Médio. Bush teria feito o comentário em conversa informal com jornalistas que foram à Casa Branca para uma festa de fim de ano.


Com agências internacionais


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