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ORIENTE MÉDIO
Plano tem oponentes
Israel pode remover "milhares de colonos"
DA REDAÇÃO
O vice-premiê de Israel, Ehud
Olmert, disse em reunião do Conselho de Ministros, em Jerusalém,
que "dezenas de milhares de colonos" poderão ser remanejados
caso o atual plano de paz para a
região não avance e o governo
Sharon coloque em prática suas
"medidas unilaterais" para separar israelenses e palestinos.
"Não há dúvidas de que será um
processo doloroso, que nos machucará o coração e que pode levar a uma confrontação de proporções desconhecidas na vida do
país", afirmou Olmert.
Na Cisjordânia, a reação de alguns colonos foi a de começar a
cercar suas posses e estocar mantimentos. Eles prometem lutar
contra qualquer tentativa do governo de removê-los. "Como pode um judeu abandonar sua casa
na terra de Israel? Vamos resistir
até o fim", disse Itai Harel, 29, morador da comunidade de Migron.
Existem ao menos 230 mil assentados entre os 3,6 milhões de
palestinos que vivem na faixa de
Gaza e na Cisjordânia. Os assentamentos são considerados ilegais
pela comunidade internacional
-Israel contesta isso.
Hamas
Tropas israelenses prenderam
ontem, depois de diversas ações
militares em Nablus (Cisjordânia), Adnan Asfour, líder do Hamas na região. A maior parte do
comando atual do grupo terrorista palestino fica na faixa de Gaza.
Israel prendeu ou matou a maioria dos líderes do grupo na Cisjordânia nos últimos três anos de
conflitos.
Ainda ontem, no campo de refugiados Balata, próximo a Nablus, médicos palestinos disseram
que um menino de seis anos foi
morto a tiros durante confronto
entre soldados israelenses e manifestantes palestinos. "Ele estava
saindo de casa, segurando um
sanduíche, quando levou um tiro", disse o vizinho que levou o
menino ao hospital. O Exército israelense disse que os soldados
abriram fogo depois de serem atacados por uma multidão com pedras e uma bomba.
O jornal israelense "Yediot Ahronot" publicou ontem declaração do presidente norte-americano, George W. Bush, de que é preciso "livrar-se" do líder palestino
Iasser Arafat para fazer andar o
processo de paz no Oriente Médio. Bush teria feito o comentário
em conversa informal com jornalistas que foram à Casa Branca para uma festa de fim de ano.
Com agências internacionais
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