São Paulo, terça-feira, 22 de dezembro de 2009

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Casal Kirchner não teve enriquecimento ilícito, decide Justiça

Patrimônio de presidente da Argentina e marido cresceu 158% no ano passado e 572% desde 2003

DE BUENOS AIRES

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), foram absolvidos ontem no processo que apurava suposto enriquecimento ilícito do casal.
O patrimônio dos Kirchner cresceu 158% em 2008 -saltou de 17,8 milhões de pesos (US$ 4,6 milhões) a 46 milhões de pesos (US$ 12 milhões)-, conforme sua declaração de renda.
Desde 2003, os Kirchner contabilizam um aumento de patrimônio de 572%. Ambos são advogados, mas concentram seus negócios nos setores imobiliário e hoteleiro na Província de Santa Cruz (sul do país), terra natal de Néstor.
A denúncia de suposto "enriquecimento ilícito" foi feita pelo advogado Enrique Piragini, quando se tornou pública a declaração de renda do casal presidencial. Piragini disse que o incremento do patrimônio era "exorbitante".
Numa sucinta resposta à repercussão que o assunto teve na Argentina, Cristina afirmou, em agosto passado, que sua declaração de renda era pública e "clara como poucas".
Ontem, o juiz Norberto Oyarbide anunciou que arquivaria a causa, porque não foram identificadas irregularidades nas contas apresentadas pelo casal, segundo perícia executada por especialistas da Suprema Corte de Justiça.
Essa é a terceira causa envolvendo a suspeita de enriquecimento ilícito dos Kirchner a ser arquivada pela Justiça.
A deputada opositora Elisa Carrió (Coalizão Cívica) afirmou que denunciará o juiz Oyarbide por avaliar que a decisão dele "demonstra clara parcialidade e grave suspeita de corrupção". (SILVANA ARANTES)


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