São Paulo, Domingo, 23 de Janeiro de 2000


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O DEPOSTO

Mahuad não renuncia, mas apóia posse de vice

das agências internacionais

Jamil Mahuad, presidente deposto do Equador, disse ontem de manhã que foi derrubado anteontem por um golpe militar, mas afirmou que apoiará o governo Noboa para manter a democracia no país.
"Fui derrubado por um golpe militar. Um presidente derrubado não renuncia", disse Mahuad em pronunciamento de rádio e TV emitido da sede da TV privada Ecuavisa, em Quito. "Nunca serei obstáculo para que Gustavo Noboa exerça a Presidência", disse.
Mahuad afirmou que na tarde de anteontem foi "convidado" por militares a abandonar o palácio presidencial em Quito sob o pretexto de que sua segurança estava ameaçada.
Disse que os militares colocaram um avião a sua disposição em uma base aérea de Quito e que, depois de ficar ali algumas horas, foi informado que estava cercado por tropas.
O presidente deposto disse que conseguiu sair da base e se refugiou por algumas horas na Embaixada do Chile em Quito, onde lhe foi oferecido asilo político. Mas um ex-ministro de Mahuad disse que ele não sairá do país. Mahuad contou que depois saiu da missão chilena para uma casa cujo endereço não revelou.
"Quero pedir a união de todos para ajudar (Noboa) a governar. As próximas horas serão muito duras para o presidente", disse Mahuad no pronunciamento.


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