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Ministro israelense e a oposição criticam ação ordenada por Sharon
DA REDAÇÃO
A operação israelense para matar o líder espiritual do grupo terrorista Hamas, Ahmed Yassin, foi
criticada inclusive por integrantes
do governo do premiê de Israel,
Ariel Sharon, que ordenou pessoalmente o ataque.
O ministro do Interior de Israel,
Avraham Poraz, disse que a morte de Yassin pode resultar em
muitas vítimas israelenses.
O chefe do Shin Bet (serviço de
segurança interno de Israel), Avi
Dichter, também se opôs à operação para matar o líder terrorista,
segundo informou ontem o Canal
Dois de Israel.
Em encontro na semana passada que decidiu que Yassin seria
assassinado, Dichter afirmou que
os ganhos com a morte do líder
Hamas seriam menores do que os
custos e que muitos israelenses
poderiam ser mortos na resposta
do grupo terrorista.
Shimon Peres, ex-premiê e líder
do Partido Trabalhista, principal
força da oposição, também condenou a ação do governo de Sharon. "Se eu fosse membro do governo, teria votado contra esse
ataque. Creio que foi um erro."
Alguns simpatizantes de partidos de esquerda israelenses realizaram um pequeno protesto condenando o assassinato de Yassin
diante do Ministério da Defesa de
Israel, em Tel Aviv. Eles pediam a
renúncia de Sharon.
O governo defendeu a operação, afirmando que ela era necessária para combater o terrorismo.
"O Hamas ficou debilitado. A longo prazo, sua eliminação contribuirá para a estabilidade e a paz
na região", afirmou Avi Pazner,
porta-voz do governo israelense.
Yossi Kuperwasser, chefe do departamento de pesquisas da inteligência militar israelense, disse
que a ação será positiva no longo
prazo.
Tanques israelenses entraram
ontem no norte da faixa de Gaza
em operação para impedir que
grupos terroristas lancem mísseis
contra o território de Israel. O ministro da Defesa, Shaul Mofaz, ordenou o reforço da segurança de
figuras públicas de Israel.
Violência
Seis israelenses ficaram feridos
em diferentes episódios envolvendo árabes e palestinos ontem
em Israel, no que está sendo visto
como uma revolta palestina diante da ação israelense contra Yassin. Um árabe-israelense feriu três
pessoas com uma faca em um
ônibus perto de Tel Aviv. Em outro incidente no subúrbio da mesma cidade, um palestino feriu três
israelenses com um machado.
Com agências internacionais
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