DA REDAÇÃO

Um grupo de empresários americanos publicou ontem um anúncio de página inteira no jornal "The New York Times" no qual exige que o presidente George W. Bush "assuma a responsabilidade pessoal pelos enganos mortais utilizados para levar esta grande nação à guerra".
O grupo reúne cerca de 500 empresários que fiscalizam os gastos federais, entre eles ex-diretores de empresas como Goldman Sachs, Eastman Kodak e Bell.
Segundo o anúncio, a Guerra do Iraque foi justificada "completamente sobre falsidades". O documento ainda critica a perda de centenas de vidas humanos e o gasto de dezenas de bilhões de dólares na ação militar.
Já a Casa Banca iniciou ontem uma contra-ofensiva para tentar neutralizar as acusações de que Bush teria negligenciado alertas sobre possíveis ataques terroristas contra os EUA antes dos atentados de 11 de setembro de 2001.
As acusações partiram de Richard Clarke, principal funcionário antiterrorismo do governo Bill Clinton (1993-2001), e coincidiram com a retomada de depoimentos no Congresso.
Clarke deixou o governo há um ano, após trabalhar em quatro diferentes administrações na área de contraterrorismo. Ontem, a Casa Branca emitiu um comunicado de cinco páginas qualificando o que seriam "mitos" e "verdades" nas acusações contra Bush.

Ansar al Islam
O Departamento de Estado anunciou que a partir de agora classifica o grupo Ansar al Islam como uma organização terrorista. O governo afirma que o Ansar faz ataques contra as forças da coalizão no Iraque e tem vínculos com a rede Al Qaeda. Na prática, a medida significa que instituições financeiras americanas devem bloquear os fundos do grupo.