São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2006

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Ministro propõe que a lei seja experimental

DA REDAÇÃO

A crise aberta na França com os protestos estudantis contra a legislação do primeiro emprego atingiu ontem a UMP, partido do presidente Jacques Chirac e do primeiro-ministro Dominique de Villepin.
O ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, quebrou a unidade do bloco governista, ao propor que a controvertida lei vigorasse apenas por um período experimental de seis meses.
Sarkozy não estava autorizado pelo governo a fazer tal concessão. Em entrevista à revista "Paris-Match", ele procurou se dissociar de uma iniciativa impopular e, segundo o jornal "Le Monde", deu o primeiro passo para deixar o gabinete.
Ele é candidato às presidenciais de 2007 e enfrentará Villepin dentro da UMP. Negou estar de saída e afirmou que "não se deixa um governo por oportunismo".
A lei do primeiro emprego facilita a contratação de jovens com menos de 26 anos. Seu ponto nevrálgico, segundo os estudantes, é a possibilidade de nos primeiros 24 meses os empregadores poderem demitir sem nenhuma justificação.
Não está claro se a passeata parisiense de hoje será influenciada pela morte de um estudante da Universidade de Estrasburgo. Não houve incidentes ou confrontos. Ele participava da ocupação de sua universidade, estava deitado num colchão e sentiu-se repentinamente mal.


Com agências internacionais

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