São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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América Latina melhora em vários indicadores sociais, afirma Bird

DO ENVIADO A WASHINGTON

A América Latina apresentou melhorias em vários indicadores sociais acompanhados pelo Banco Mundial (Bird) no âmbito das chamadas Metas do Milênio. Houve um aumento, por exemplo, do número de alunos que completam o primeiro grau de ensino e queda na taxa de mortalidade infantil.
Segundo o Banco Mundial, a América Latina e o Caribe são a única região no caminho de cumprir a meta de mortalidade infantil. O objetivo é que 18 crianças ou menos morram antes de completar cinco anos de idade para cada grupo de mil.
Em 2000, para cada mil morriam 34 crianças. Em 1990, a taxa era ainda pior: 53 crianças mortas antes de completar cinco anos por grupo de mil.
O Banco Mundial considerou o progresso obtido pelos países em desenvolvimento para combater a mortalidade infantil "particularmente fraco". A média desse grupo de países em 1990 era de 103 crianças mortas antes dos cinco anos para cada mil.
Na área de educação, a América Latina foi a região que obteve progressos mais rapidamente. Em 1990, a taxa de alunos que completavam o primário era de 69%. Em 2000, 83% dos estudantes conseguiram terminar o primeiro grau.
"Eu acho que o Brasil pode se mover e alcançar essas metas. Penso que seja realmente muito importante que o Brasil faça isso por causa de seu tamanho e de sua importância para a América Latina", disse ontem o presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn.
Para a América Latina, a meta na área de educação é que todas as crianças em idade escolar completem pelo menos o primário.

Combate à Aids
Segundo o Banco Mundial, o combate à Aids e às doenças transmissíveis consideradas mais problemáticas (como malária e tuberculose) tem se mostrado difícil.
De acordo com os dados da instituição, o sul da África é onde tem sido mais complicado conter o avanço da Aids. Entre mulheres grávidas de 15 a 24 anos, naquela região, a taxa de infecção do vírus vai de 18% a 39%.
A Aids é também uma das principais causas de mortalidade infantil no continente africano, informa o Banco Mundial.
Na América Latina e no Caribe, onde o número de portadores do vírus da Aids tem ficado estável, em torno de 1% das mulheres grávidas é infectada pelo HIV. (LS)


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