São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 2006

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Brasil tem problemas estruturais

DE LONDRES

O período de análise é de janeiro a dezembro de 2005, mas o relatório da Anistia Internacional pode ser tomado como um presságio do que viria a ocorrer mais adiante, com os ataques do PCC.
No capítulo dedicado ao Brasil, estão escancarados os problemas que se confundem como causa e conseqüência da crise. A Anistia critica a ausência de políticas de segurança pública, as condições das prisões e o uso excessivo da força pela polícia, situação verificada na esteira dos ataques da facção.
Tim Cahill, pesquisador da Anistia e autor do capítulo sobre o país, conta que o texto foi fechado há dois meses e que não cogitou emendá-lo após os fatos da semana passada. "O que aconteceu é um indicativo de que os problemas só se repetem. São coisas que denunciamos há anos, mas que continuam sendo ignoradas. Claro que a violência choca, mas não é chocante, no sentido de surpreendente, que tenha acontecido."
Cahill classifica de "decepcionante" o desempenho do governo Lula em direitos humanos, acrescentando que o setor de segurança pública foi a frustração maior.


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