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Plano para Guantánamo ira aliados e rivais
Secretário da Defesa afirma que prisão é "das melhores do mundo", mas virou propaganda para a Al Qaeda
DO "NEW YORK TIMES"
O discurso de Barack Obama
sobre o fechamento da prisão
na base militar de Guantánamo, anteontem, conseguiu desagradar tanto à oposição republicana quanto a movimentos
de direitos humanos que vinham apoiando as políticas do
democrata.
O secretário da Defesa dos
EUA, Robert Gates, que já ocupava a mesma posição sob
George W. Bush, mostrou a dificuldade de aliar o discurso de
que a existência da prisão foi
um golpe nos "valores americanos" e "criou mais terroristas
do que jamais deteve" -parte
do discurso de Obama que desagradou aos republicanos-
com o fato de que parte dos presos da base terá que continuar
detida por tempo indeterminado sem acusações -o que levou
a críticas de defensores dos direitos humanos.
Em uma entrevista para a
TV, Gates disse que, Guantánamo "é provavelmente uma das
melhores prisões do mundo,
mas tem uma mancha".
"O próprio nome é uma condenação. O que o presidente está dizendo é que o centro servirá como propaganda para a Al
Qaeda enquanto estiver em
funcionamento", afirmou.
A declaração vem num momento em que Obama se esforça para defender sua estratégia
de segurança nacional. Precisa
convencer o país de que sua direção está em mãos seguras,
apesar dos alertas em contrário
da direita, e ao mesmo tempo
persuadir a esquerda de que
basta reformular, e não abandonar, a abordagem de Bush.
Em lugar de propor um programa de fácil classificação,
Obama está juntando elementos vindos de pontos diferentes
do espectro político -ele proibiu a tortura, mas acatou a detenção por prazo ilimitado, e
sem julgamento, de certos suspeitos de terrorismo; ordenou
o fechamento da prisão de
Guantánamo, mas reterá os julgamentos militares.
James Jay Carafano, especialista em segurança nacional
na Heritage Foundation, diz
que o risco é ficar sem apoio de
qualquer das alas do espectro
político. Para Sarah Mendelson, do Centro para Estudos
Estratégicos Internacionais,
"estão tentando literalmente
combinar os paradigmas" de
Bush e anti-Bush. "O que significa que ninguém sairá feliz."
Com agências internacionais
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