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Focado na economia, Singh assume seu 2º mandato na Índia
Primeiro-ministro, empossado ontem, também tem pendente a tensão com o vizinho Paquistão
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, 76, tomou posse ontem em seu segundo mandato de cinco anos,
depois da ampla vitória de seu
Partido do Congresso nas eleições nacionais do país.
O principal foco do novo
mandato, disse Singh, é a recuperação da economia -uma
das menos atingidas pela crise
global, mas que viu suas taxas
de crescimento baixarem de
aproximadamente 9% para 6%
(expectativa para este ano).
Ante o maior déficit fiscal do
país desde os anos 90, Singh terá que decidir o quanto priorizará reformas -privatizações e
leis trabalhistas- em detrimento de maiores gastos com
os programas sociais que ajudaram sua legenda a vencer.
Só 19 de 66 ministros tomaram posse ontem, e diversos
outros devem assumir na próxima semana. O atraso é atribuído à tentativa da situação de
refazer sua coalizão -a terceira
maior sigla aliada, o DMK, do
sul da Índia, deixou a aliança
após disputas por pastas.
Mesmo assim, o grupo situacionista possui 300 cadeiras na
Câmara Baixa, 28 a mais do que
o necessário para ter maioria.
Singh assumiu como premiê
pela primeira vez em 2004. Antes, entre 1991 e 96, fora o ministro das Finanças responsável pela liberalização da economia indiana, que permitiu o salto de crescimento do país.
O sucesso econômico da Índia ajudou o Partido do Congresso nas eleições, mas a vitória eleitoral também é atribuída a uma liderança emergente,
Rahul Gandhi, 38, filho da presidente do partido, Sonia Gandhi. Rahul não estava entre os
ministros empossados ontem,
mas não se descarta que ele receba algum posto ministerial
nos próximos dias.
Tensões vizinhas
No campo externo, o maior
desafio de Singh é o vizinho e
adversário -e também potência nuclear- Paquistão. As relações entre ambos se deterioraram mais no ano passado, depois que a autoria dos ataques
terroristas a Mumbai, capital
financeira indiana, foi atribuída a paquistaneses.
Em comunicado, ontem, o
presidente paquistanês, Asif
Ali Zardari, disse que seu país
está pronto para resolver as
tensões bilaterais.
Com agências internacionais
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