São Paulo, sábado, 23 de maio de 2009

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Focado na economia, Singh assume seu 2º mandato na Índia

Primeiro-ministro, empossado ontem, também tem pendente a tensão com o vizinho Paquistão

DA REDAÇÃO

O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, 76, tomou posse ontem em seu segundo mandato de cinco anos, depois da ampla vitória de seu Partido do Congresso nas eleições nacionais do país.
O principal foco do novo mandato, disse Singh, é a recuperação da economia -uma das menos atingidas pela crise global, mas que viu suas taxas de crescimento baixarem de aproximadamente 9% para 6% (expectativa para este ano).
Ante o maior déficit fiscal do país desde os anos 90, Singh terá que decidir o quanto priorizará reformas -privatizações e leis trabalhistas- em detrimento de maiores gastos com os programas sociais que ajudaram sua legenda a vencer.
Só 19 de 66 ministros tomaram posse ontem, e diversos outros devem assumir na próxima semana. O atraso é atribuído à tentativa da situação de refazer sua coalizão -a terceira maior sigla aliada, o DMK, do sul da Índia, deixou a aliança após disputas por pastas.
Mesmo assim, o grupo situacionista possui 300 cadeiras na Câmara Baixa, 28 a mais do que o necessário para ter maioria.
Singh assumiu como premiê pela primeira vez em 2004. Antes, entre 1991 e 96, fora o ministro das Finanças responsável pela liberalização da economia indiana, que permitiu o salto de crescimento do país.
O sucesso econômico da Índia ajudou o Partido do Congresso nas eleições, mas a vitória eleitoral também é atribuída a uma liderança emergente, Rahul Gandhi, 38, filho da presidente do partido, Sonia Gandhi. Rahul não estava entre os ministros empossados ontem, mas não se descarta que ele receba algum posto ministerial nos próximos dias.

Tensões vizinhas
No campo externo, o maior desafio de Singh é o vizinho e adversário -e também potência nuclear- Paquistão. As relações entre ambos se deterioraram mais no ano passado, depois que a autoria dos ataques terroristas a Mumbai, capital financeira indiana, foi atribuída a paquistaneses.
Em comunicado, ontem, o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, disse que seu país está pronto para resolver as tensões bilaterais.


Com agências internacionais


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