das agências internacionais

Taiwan disse ontem que aceita ajuda do governo chinês para as vítimas do terremoto desde que não haja motivação política para a contribuição da China.
O presidente chinês, Jiang Zemin, ofereceu assistência a Taiwan, e a Cruz Vermelha da China ofereceu à ilha US$ 100 mil em dinheiro e cerca de US$ 60 mil em equipamentos.
Equipes de resgate chinesas que queiram participar das operações de busca em Taiwan terão de demonstrar que não têm motivação política, o que não é exigido de outros grupos de resgate.
"A tensão deve diminuir, e o ambiente deve melhorar", por causa do terremoto, disse o cientista político de Taipé Lu Ya-Li.
O número de vítimas chegou a 2.008 ontem. O terremoto, de 7,6 graus na escala Richter, deixou mais de 5.000 feridos, segundo o governo. Cerca de 2.600 pessoas continuavam soterradas.
O epicentro do terremoto foi cerca de 144 km ao sul de Taipé (capital), com 2,6 milhões de habitantes. O tremor ocorreu à 1h47 de anteontem no horário local (14h47 da segunda, em Brasília).
Em julho, o presidente de Taiwan, Lee Teng-hui, declarou que a ilha queria "relação especial entre Estados" com a China.
Em 1949, comunistas liderados por Mao Tse-tung impuseram uma derrota aos nacionalistas de Chiang Kai-shek, que se refugiaram em Taiwan. Para a reunificação política, a China ofereceu a Taiwan a fórmula "um país, dois sistemas", usada em Hong Kong.
Pequim, que exige ser reconhecido como "único representante do povo chinês", seria a sede do poder político, e a "ilha rebelde" manteria, com alto grau de autonomia, o capitalismo e a democracia. Taiwan rejeita a idéia.
Taiwan cancelou todas as comemorações do Dia Nacional, em 10 de outubro.


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