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CONE SUL
Senador defende instalação do FBI no Paraguai
DA REDAÇÃO
Em mais uma declaração polêmica de autoridades paraguaias
sobre a cooperação entre o Paraguai e os EUA em questões de segurança, o vice-presidente do Senado, Alejandro Velázquez Ugarte, afirmou considerar "muito válido que o FBI se instale" no país,
"como acontece em outros 58 países", para atuar na prevenção de
crimes e seqüestros e no combate
ao narcotráfico. As afirmações foram publicadas ontem pelo jornal
argentino "La Nación".
Velázquez, que é presidente da
Comissão de Relações Exteriores
do Senado, afirmou ainda que a
presença de representantes do
FBI na Embaixada dos EUA em
Assunção tem o objetivo de coibir
a infiltração de membros das Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Paraguai
por meio de supostos vínculos
com grupos esquerdistas do país.
"O Paraguai será favorecido
[com a presença do FBI] porque
não possui radares, enquanto pelo céu passam aviões cheios de
drogas da Colômbia em direção
ao Brasil", acrescentou.
Autoridades paraguaias suspeitam da participação das Farc, por
meio do partido de esquerda Patria Libre, no seqüestro de Cecilia
Cubas, filha do ex-presidente
Raúl Cubas, em 2004. Seu corpo
foi encontrado em fevereiro em
Ñemby, próximo a Assunção.
Segundo o "La Nación", a presença de agentes do FBI no Paraguai foi autorizada pelo governo
do presidente Nicanor Duarte
Frutos na esteira da aprovação de
13 exercícios militares dos EUA
no país, com duração prevista até
dezembro de 2006.
Essa aprovação, por sua vez, gerou rumores na região sobre uma
possível instalação de uma base
militar permanente dos EUA em
território paraguaio, versão que
foi negada reiteradas vezes por
Washington e Assunção.
Na semana passada, o vice-presidente paraguaio, Luis Castiglioni, afirmou que uma eventual
cooperação de seu país com os
EUA em questões de segurança
regional poderia vir vinculada a
um acordo bilateral de livre comércio, o que também foi negado
pelos dois países.
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