|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TAILÂNDIA
Protesto contra golpe militar atrai apenas cem pessoas
Darren Whiteside/Reuters
|
Jornalistas cercam manifestantes antigolpe em Bancoc |
DA REDAÇÃO
Apenas cem manifestantes desafiaram a proibição de
concentrações públicas e
protestaram contra o golpe
militar de Estado que derrubou Thaksin Shinawatra do
cargo de primeiro-ministro.
Foi o primeiro ato desse tipo
desde a deposição, na última
terça-feira.
Também ontem, o comando militar do golpe nomeou
nove pessoas para investigar
supostos casos de corrupção
durante o governo de Thaksin e reforçou a intenção de
escrever uma nova Constituição que controlaria melhor as funções de governo.
"Não chame isto de reforma, é um golpe!", dizia um
dos cartazes dos manifestantes, dispersos em pequenos
grupos para driblar a restrição a reuniões em locais públicos de mais de cinco pessoas. Durante parte do ato, os
manifestantes se sentaram
em grupos com menos de
cinco pessoas.
O protesto em Bancoc foi
realizado do lado de fora de
um shopping de luxo, o qual
fechou temporariamente
durante o ato de uma hora.
Não havia presença policial
ou militar no local, e, apesar
de rumores de que sete manifestantes foram presos, o
governo militar disse que
ninguém foi detido.
O tímido protesto é mais
um sinal da aceitação tácita
do golpe pela população tailandesa. Para analistas, essa
aprovação se deve, em parte,
à percepção de que a derrubada do governo teve o apoio
do popular rei Bhumibol
Adulyadej, no trono há 60
anos, período no qual passou
por 18 golpes militares, 15
constituições e 21 premiês.
Ao longo de seu reinado, o
rei Bhumibol usou seu prestígio pessoal em raros momentos. Em 1992, por exemplo, suas críticas contra um
mandatário militar e a liderança de protestos pró-democracia encerraram vários
dias de violentos conflitos.
Premiê interino
Sob críticas da comunidade internacional por causa
do golpe, os militares buscavam ontem encontrar um
nome de consenso para indicar um premiê interino civil.
Um porta-voz dos golpistas,
general Palanggoon Klaharn,
disse que isso ocorreria dentro de duas semanas.
Os militares golpistas voltaram a dizer ontem que a intenção deles é "devolver a
paz e a ordem" ao país.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Leste inquieto: Coalizão polonesa se desfaz, e país pode antecipar eleições Próximo Texto: Religião: Papa convida muçulmanos para encontro Índice
|