São Paulo, quarta-feira, 23 de outubro de 2002

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Apelo divide grupos de oposição

DO ENVIADO ESPECIAL

O chamado à desobediência civil dividiu os grupos de oposição ao presidente Hugo Chávez, e as pessoas que saíram às ruas ontem à noite pareciam desconhecer o que estava ocorrendo. "Acho que desobediência significa greve geral permanente, não é?", perguntou Daniel Gómez, um estudante de 22 anos. "Não interessa o significado, interessa que alguém está fazendo alguma coisa para tirar esse diabo da Presidência", disse o empresário Víctor Moreno, 32.
Após a greve geral realizada de forma parcial na segunda, a Coordenação Democrática, que reúne entidades e partidos contrários ao presidente, decidiu encerrar a paralisação e rejeitou a idéia de "desobediência civil" pedida pelos militares para estimular outro golpe.
"Essa idéia é uma loucura", disse o ex-ministro e editor Teodoro Petkof.
As oposições estão divididas entre os que querem a renúncia de Chávez, os que desejam a realização de uma simples consulta popular, os que pregam a antecipação das eleições, previstas para dezembro de 2006, e os que planejam um novo golpe. Segundo recentes pesquisas, Chávez venceria qualquer opositor se as eleições fossem realizadas agora. (MA)


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