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SAÚDE
Vinte Estados brasileiros compõem equipes preparadas para identificar a cepa do vírus H5N1 em hospitais e clínicas
Brasil cria "postos-sentinelas" contra gripe
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O Ministério da Saúde anunciou a ampliação de uma rede de
postos-sentinelas no país para detectar casos de pessoas infectadas
pelo vírus H5N1 (gripe aviária), se
a doença atingir o Brasil. Na última sexta-feira, o sistema foi reforçado com mais 14 postos, segundo o ministério, passando a 66
unidades em 20 Estados, mais o
Distrito Federal.
A rede é formada por postos de
saúde, hospitais e clínicas localizadas, em sua maioria, nas capitais dos Estados, onde há maior
concentração populacional. Nesses postos, conforme anunciou o
ministério, há equipes preparadas
para colher secreções (do nariz)
de pessoas com gripe para identificar a cepa -o tipo de vírus.
Ainda estão fora da rede de postos-sentinelas os Estados de Mato
Grosso, Maranhão, Piauí, Acre e
Rondônia, Amapá. Nesse último,
está localizada parte da fronteira
do Brasil com o Suriname.
Na sexta-feira, o Reino Unido
confirmou que um papagaio, trazido ilegalmente do Suriname para território britânico, morreu vítima do vírus da gripe aviária, não
se sabe se causada pelo H5N1, a
mutação que atinge humanos.
Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, não foi dado alarme na região de fronteira do Brasil com o Suriname porque a
doença não surgiu em humanos,
mas em um papagaio, supostamente saído daquele país. Nesse
caso, a fiscalização, conforme a
assessoria, envolve o trânsito de
animais cuja competência é do
Ministério da Agricultura.
Na próxima terça-feira, o governo fará uma reunião para definir a
estratégia contra a gripe aviária
envolvendo ações entre os ministérios. Entre as ações do governo
federal, segundo o Ministério da
Agricultura, estará o aumento na
fiscalização nas fronteiras, além
de portos e aeroportos.
A promessa do ministério é que
em 2006 os postos-sentinelas sejam estendidos aos seis Estados
ainda desguarnecidos.
Fernando Barros, coordenador
de Vigilância de Doenças de
Transmissão Respiratória e Imunopreveníveis do Ministério do
Saúde, disse que a rede existe desde 2000 para monitorar os tipos
de vírus, avaliar o impacto das
campanhas de vacinação e detectar situações anormais.
Em 2004, a rede funcionou com
14 postos a menos e a prioridade
não era a gripe aviária. Foram
atendidas no ano passado 210 mil
pessoas com gripe e houve coleta
de 2.269 amostras para exames e
definição do tipo de vírus.
Ainda em sua estratégia de prevenção à doença, o Ministério da
Saúde anunciou na semana passada: 1) um estoque do antiviral
Oseltamivir (Tamiflu) para tratar
9 milhões de pessoas ao custo de
R$ 193 milhões; 2) desenvolvimento da produção de vacina no
Instituto Butantan com repasse
de R$ 3,1 milhões para acelerar a
construção de uma fábrica.
Focos
A Suécia confirmou ontem a
morte de quatro patos em Eskiltuna, portadores do vírus da gripe
aviária. O instituto veterinário nacional não soube dizer se se tratava do tipo H5N1. Foi registrado na
região dos montes Urais (Rússia)
um novo foco de gripe aviária.
Mais de 30 frangos morreram em
Sunaly, e testes preliminares mostraram que as aves tinham o
H5N1. A aldeia, a 1.900 km de
Moscou, está em quarentena.
Com agências internacionais
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