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Israel admite uso de bomba de fósforo no Líbano
DA REDAÇÃO
O Exército israelense usou
bombas de fósforo contra alvos
da milícia Hizbollah durante os
confrontos do passado mês de
julho, segundo um ministro israelense admitiu ontem, confirmando acusações feitas pelo
governo do Líbano.
Armas com fósforo, que provocam calor e fumaça intensos,
são proibidas para uso em áreas
civis por várias convenções internacionais, mas "as bombas
foram lançadas em campo
aberto contra alvos do Hizbullah", disse o ministro Yaakov
Edri, das Relações entre Governo e Parlamento, ao fim de uma
reunião do gabinete ontem.
Por sua vez, o ministro da
Defesa de Israel, Amir Peretz,
disse que os aviões da Força Aérea Israelense continuarão a
sobrevoar o Líbano "porque o
contrabando de armas para as
milícias libanesas continua".
Peretz respondia assim ao
comandante das forças de paz
da ONU no Líbano, general
Allain Pellegrini, que chamou
os vôos de "clara violação do
cessar-fogo" aprovado pela
ONU. Peretz acusou o governo
libanês de não honrar a obrigação de impedir a chegada de armas ao Hizbollah através da
fronteira com a Síria.
A resolução que determinou
o cessar-fogo, aprovada em 14
de agosto, pede para os dois lados respeitarem a fronteira delimitada em 2000 pela ONU,
depois que Israel terminou a
ocupação que durou 18 anos no
sul do Líbano. Cerca de 15 mil
soldados libaneses e outros 15
mil da ONU estão destacados
na região para garantir que não
ocorram novos confrontos.
Vários ministros israelenses
também sugeriram ontem que
o país deve retomar o controle
da fronteira sul de Gaza a fim
de impedir o contrabando de
armas do Egito para palestinos.
"Precisamos agir sem hesitação", pediu o ministro de Indústria e Comércio, Eli Yishai,
membro do partido Shas, ultra-ortodoxo.
Há pouco mais de um ano, Israel retirou tropas e desmontou assentamentos na Faixa de
Gaza. O país estima que, desde
a retirada, toneladas de munições chegaram pelo Egito, através de uma rede de túneis subterrâneos.
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