São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 2006

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Israel admite uso de bomba de fósforo no Líbano

DA REDAÇÃO

O Exército israelense usou bombas de fósforo contra alvos da milícia Hizbollah durante os confrontos do passado mês de julho, segundo um ministro israelense admitiu ontem, confirmando acusações feitas pelo governo do Líbano.
Armas com fósforo, que provocam calor e fumaça intensos, são proibidas para uso em áreas civis por várias convenções internacionais, mas "as bombas foram lançadas em campo aberto contra alvos do Hizbullah", disse o ministro Yaakov Edri, das Relações entre Governo e Parlamento, ao fim de uma reunião do gabinete ontem.
Por sua vez, o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse que os aviões da Força Aérea Israelense continuarão a sobrevoar o Líbano "porque o contrabando de armas para as milícias libanesas continua".
Peretz respondia assim ao comandante das forças de paz da ONU no Líbano, general Allain Pellegrini, que chamou os vôos de "clara violação do cessar-fogo" aprovado pela ONU. Peretz acusou o governo libanês de não honrar a obrigação de impedir a chegada de armas ao Hizbollah através da fronteira com a Síria.
A resolução que determinou o cessar-fogo, aprovada em 14 de agosto, pede para os dois lados respeitarem a fronteira delimitada em 2000 pela ONU, depois que Israel terminou a ocupação que durou 18 anos no sul do Líbano. Cerca de 15 mil soldados libaneses e outros 15 mil da ONU estão destacados na região para garantir que não ocorram novos confrontos.
Vários ministros israelenses também sugeriram ontem que o país deve retomar o controle da fronteira sul de Gaza a fim de impedir o contrabando de armas do Egito para palestinos. "Precisamos agir sem hesitação", pediu o ministro de Indústria e Comércio, Eli Yishai, membro do partido Shas, ultra-ortodoxo.
Há pouco mais de um ano, Israel retirou tropas e desmontou assentamentos na Faixa de Gaza. O país estima que, desde a retirada, toneladas de munições chegaram pelo Egito, através de uma rede de túneis subterrâneos.


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