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Otan estuda conceder poder de veto à Rússia
DA REUTERS
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a Rússia
estão discutindo planos para estreitar suas relações que "implicam" o poder de veto de Moscou
em alguns temas, disse ontem o
secretário-geral da aliança militar
ocidental, George Robertson.
"Essa é uma das implicações",
afirmou Robertson ao ser questionado se as novas propostas dariam efetivamente o poder de veto
à Rússia no processo de tomada
de decisões da Otan. "Dependeria
do assunto. Mas ainda não estamos nesse estágio. Estamos explorando [o assunto", e essa é
uma das implicações que teriam
de ser pesadas".
O primeiro-ministro do Reino
Unido, Tony Blair, propôs que a
aliança militar ocidental e a Rússia criassem um novo órgão para
levar as relações entre Moscou e a
Otan a um novo estágio. Segundo
Robertson, esse novo órgão poderia ser chamado de Conselho Rússia-Atlântico Norte.
A proposta de Londres recebeu
particular atenção porque foi divulgada poucos dias depois de
uma reunião entre os presidentes
da Rússia, Vladimir Putin, e dos
EUA, George W. Bush.
Robertson disse que a proposta
de Blair envolveria uma "mudança completa" na forma pela qual a
Rússia se relacionaria com seu ex-adversários da Guerra Fria.
Ele não especificou em que
áreas a Rússia seria convidada a
participar do processo de tomada
de decisões da Otan, mas a agência "Reuters" disse que elas poderiam incluir operações de manutenção da paz, gerenciamento de
crises, terrorismo e planejamento
para emergências civis.
A área de gerenciamento de crises foi a responsável pela reação a
conflitos em locais como a ex-Iugoslávia, onde a Otan interveio
militarmente -às vezes, provocando protestos de Moscou.
O projeto de Blair prevê que representantes russos se unam aos
19 Estados-membros da aliança
na câmara do conselho da Otan
para discutir tópicos específicos.
"Isso envolveria a Rússia ter
igualdade em relação aos países
da Otan em termos da questão em
discussão", disse Robertson.
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