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ORIENTE MÉDIO
Para palestinos, mortes foram causadas por projétil abandonado por israelenses; Israel não confirma
Explosão mata cinco crianças palestinas
DA REDAÇÃO
Cinco meninos palestinos morreram em um campo de refugiados na faixa de Gaza após um deles causar uma explosão ao chutar
um projétil de um tanque israelense abandonado no local, segundo autoridades palestinas.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat culpou Israel pelo incidente. "Os israelenses continuam com suas
violações contra os palestinos e
está acontecendo uma escalada
perigosa na violência", disse o líder palestino.
As vítimas tinham idades de sete a 14 anos e pertenciam todos a
uma mesma família.
Um porta-voz do governo israelense expressou suas condolências, porém disse que as circunstâncias em que aconteceu o incidente não estão claras.
Arie Mekel afirmou que a explosão não necessariamente foi causada por um projétil israelense.
"Pode ter sido palestino", disse.
Khaled Abu al-Ula, um oficial
palestino na área, disse que investigações feitas pela ANP indicam
que o projétil era de um tanque israelense que não explodiu, demonstrando que Israel continua
utilizando "esse tipo de armamento contra áreas residenciais".
As mortes ressaltam os problemas que mediadores dos EUA enfrentarão quando desembarcarem na região na próxima semana
para tentar articular um cessar-fogo para fortalecer o apoio de
países árabes aos ataques norte-americanos no Afeganistão.
Um jovem que testemunhou a
explosão em Gaza afirmou que os
corpos ficaram despedaçados.
"Havia metade de um corpo aqui,
mãos a alguns metros de distância, outra parte do corpo em outro
lugar", disse Fateh al-Astel, que
caminhava para a escola junto
com vários outros estudantes na
hora do incidente.
Jerusalém
Israel fechou escritórios palestinos na parte árabe de Jerusalém,
alegando que serviços de segurança da ANP estariam operando
ilegalmente.
Autoridades palestinas afirmaram que os escritórios pertencem
ao Ministério do Interior da ANP
e operavam em conformidade
com os termos dos acordos de paz
vigentes entre os dois lados.
Detenções
Soldados israelenses capturaram seis palestinos na cidade de
Ramallah, na Cisjordânia, que, segundo Israel, seriam integrantes
do grupo extremista Hamas.
Segundo Jibril Rajoub, chefe de
segurança palestino na Cisjordânia, os detidos eram estudantes
da Universidade Bir Zeit e foram
expulsos quando estavam no dormitório. "Essa é mais uma tentativa israelense para piorar a situação antes da chegada da missão
dos EUA à região", disse o chefe
de segurança palestino.
Pelo menos 714 palestinos e 188
israelenses morreram desde a
eclosão da Intifada, o levante palestino contra a ocupação israelense, iniciado há 14 meses.
Com agências internacionais
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