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Prostituta nega ter derrubado o governador de Nova York
DE NOVA YORK
Nem o ex-governador de Nova York Eliot Spitzer nem sua
mulher, Silda, têm motivos para comemorar seu súbito ressurgimento na imprensa dos
EUA na última semana. É que a
atenção, de novo, provém da
garota de programa Ashley Dupré, pivô do escândalo que derrubou Spitzer em março.
O ex-governador renunciou
quando um encontro seu, de
US$ 4.300, com Dupré em
Washington acabou ligando-o
publicamente a uma rede de
prostituição de luxo.
Anteontem, Dupré concedeu
sua primeira entrevista na TV,
no popular programa da apresentadora Diane Sawyer. "Não
sinto que o derrubei", disse ela
sobre o ex-governador. "Foram
as escolhas dele [que o derrubaram]." Ela afirmou que se não
tivesse se encontrado com Spitzer, outra garota o faria. Mas
pediu desculpas, entre lágrimas, a Silda Spitzer, que manteve apoio público ao marido.
Os problemas de Spitzer começaram quando o FBI supostamente desconfiou de corrupção ao encontrar remessas de
até US$ 80 mil a contas bancárias suspeitas. Uma investigação descobriu que, na verdade,
o ex-governador estava pagando por serviços do Emperor"s
Vip Club, uma rede de prostituição de luxo. Ele renunciou.
Hoje, crescem questionamentos sobre por que o FBI
lançou uma investigação de
grandes proporções a transações relativamente pequenas
com fundos particulares e não
parou quando ficou óbvio que
eram transações privadas.
Várias teorias têm surgido, a
maioria sugerindo que Spitzer
foi alvo de perseguição política
por sua atuação contra crimes
financeiros. "Democratas e republicanos puseram armadilhas para rivais ao longo dos
anos", escreveu no "Wall Street
Journal" o professor de direito
na Universidade Harvard Alan
Dershowitz. "As melhores armas costumam ser leis penais
elásticas -e poucas são tão
elásticas como as de lavagem de
dinheiro e crimes sexuais."
Spitzer livrou-se de ação penal, por decisão recente da Procuradoria. Ele violou lei que veda transportar pessoas entre
Estados com fins de prostituição mas não incorreu em nenhum dos fatores que geralmente levam à processos.
(AM)
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