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AFINIDADE
Iniciativa facilita arrecadação de fundos de pequenos doadores
Democratas lançam cartão de crédito
DO "NEW YORK TIMES"
Os democratas "de carteirinha" ganharam uma nova maneira de ajudar o partido: usar
um cartão de crédito do Comitê
Democrático Nacional que permite aos portadores doar o desconto de 1% nas compras diretamente à agremiação política.
Em parceria com a empresa
Providian Financial, o órgão
central do Partido Democrata
americano está oferecendo a
centenas de milhares de simpatizantes um cartão de afinidade
Visa com a sua marca. Caso não
queira contribuir com os democratas, o portador do cartão pode embolsar o desconto de 1%.
"Estamos oferecendo aos democratas de todos os Estados
Unidos uma nova maneira de
apoiar o partido. Esperamos
que, a cada vez que eles usem o
cartão, se lembrem do quão importante é a próxima eleição e
que se motivem a participar",
afirmou Debra DeShong, porta-voz do Comitê Democrático
Nacional.
Analistas políticos dizem que
o cartão de crédito reflete a importância ganha pelos doadores
individuais agora que a nova lei
eleitoral eliminou o "soft money" (contribuições ilimitadas
que empresas e sindicatos podiam fazer aos partidos).
"Quando o "soft money" foi banido, os partidos perderam as
contribuições multimilionárias.
Eles estão procurando maneiras
de recuperar esse dinheiro perdido", disse Trevor Potter, ex-presidente da Comissão Eleitoral Federal.
O Partido Republicano fez experiências com um cartão similar na última campanha presidencial. Christine Iverson, porta-voz do Comitê Republicano
Nacional, afirmou que o cartão
foi suspenso porque as leis de financiamento de campanhas estavam mudando. O comitê está
analisando a volta do cartão.
Em eleições passadas, os republicanos tiveram mais sucesso
do que os democratas na arrecadação de fundos. No ciclo 1999-2000, por exemplo, os democratas receberam de pequenos doadores US$ 275 milhões (53% do
total arrecadado).
Já os republicanos conseguiram US$ 466 milhões (65% do
total). "É uma tarefa muito mais
difícil levantar esse dinheiro",
afirmou Lawrence Noble, um
ex-conselheiro da Comissão
Eleitoral Federal.
Para lançar o cartão, a Providian Financial enviou à Comissão Eleitoral Federal um relatório no ano passado explicando
que a iniciativa respeitaria todas
as leis que regem as campanhas.
As doações devem ser feitas
pelos portadores dos cartões, e
não pela Providian. A empresa
deve também ajudar a garantir
que o limite anual de US$ 25 mil
para doações individuais não
seja ultrapassado. Estrangeiros,
menores de idade e responsáveis por compras governamentais não podem ter o cartão, já
que as leis proíbem que façam
doações a partido políticos.
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