|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Cerca aguça conflito
Israel admite negociar barreira com palestinos
DA REDAÇÃO
Os chanceleres israelense, Silvan Shalom, e palestino, Nabil
Shaath, expuseram ontem, no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), suas divergências sobre como superar o impasse no
processo de paz israelo-palestino.
Os dois participariam de uma
mesa de debate e, durante o dia,
marcaram posição sobre vários
assuntos, entre eles a controversa
barreira que o governo Sharon
constrói para isolar Israel dos territórios ocupados na Cisjordânia.
Shalom disse que seu governo
está disposto a realizar mudanças
no projeto desde que os palestinos retomem o diálogo com Israel. "Queremos reiniciar as negociações imediatamente", disse.
"A coisa mais importante que
pedirei ao sr. Shalom é que diga às
lideranças israelenses que parem
de construir o muro dentro do
território palestino e se comprometam com um cessar-fogo", disse seu colega palestino.
O premiê palestino, Ahmed Korei, recusa-se a dialogar com o
premiê israelense, Ariel Sharon,
enquanto a construção da barreira não for interrompida.
Segundo Israel, a barreira protege o país de ataques suicidas. "A
cerca é reversível. Vidas humanas
não são", disse Shalom. Israel exige que as autoridades palestinas
reprimam os grupos terroristas.
Já os líderes palestinos sustentam que, com a barreira, Israel
busca estabelecer uma fronteira
de forma unilateral e inviabiliza
um futuro Estado palestino.
A polêmica barreira já tem um
terço dos 650 km planejados. É
feita de concreto, arame e torres
de vigilância. Em alguns pontos,
avança em território palestino.
Sua legalidade será analisada
em fevereiro na Corte Internacional de Justiça, na Holanda, a pedido da Assembléia Geral da ONU.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Venezuela: Chavistas e oposicionistas fazem passeatas Próximo Texto: Argentina: Justiça indicia três sob acusação de corrupção que envolve o governo De la Rúa Índice
|