São Paulo, domingo, 24 de janeiro de 1999

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Igreja do país apoiou o apartheid

da Revista da Folha

A ultraconservadora Igreja Reformada Holandesa (NGK) é a principal igreja dos africânderes (minoria branca da África do Sul). Seus seguidores somam 40% da população branca do país.
A NGK, de filiação calvinista, ganhou importância com a adesão dos colonos holandeses e por desenvolver estudos que procuravam uma justificativa teológica para o apartheid (regime de segregação racial vigente no país até o ano de 1994).
A igreja baseou-se em passagens bíblicas, como a referência à torre de Babel, para sustentar que cada povo deveria ter a sua língua e viver separadamente.
Suas conclusões foram rejeitadas pelas igrejas reformadas da Europa e dos EUA e, em 1982, a NGK foi excluída da Aliança Mundial de Igrejas Reformadas. Em 1986, a NGK condenou suas próprias tentativas de justificar o apartheid e, em 1989, definiu o sistema racista como pecado.
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Subdivisão étnica Em meados dos século passado, a NGK começou a criar as "igrejas-filhas", para congregar outros grupos étnicos, como a Igreja Holandesa Reformada na África (Igreja Bantu, para negros) e a Igreja Holandesa Reformada Missionária (para mestiços).
A partir de 1994, com a vitória do líder negro Nelson Mandela nas eleições presidenciais, foi iniciada a reunificação das facções da Igreja Holandesa. A NGK é a mais refratária à união. (AOA)



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