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Igreja do país apoiou o apartheid
da Revista da Folha
A ultraconservadora Igreja Reformada Holandesa (NGK) é a
principal igreja dos africânderes
(minoria branca da África do Sul).
Seus seguidores somam 40% da
população branca do país.
A NGK, de filiação calvinista, ganhou importância com a adesão
dos colonos holandeses e por desenvolver estudos que procuravam uma justificativa teológica para o apartheid (regime de segregação racial vigente no país até o ano
de 1994).
A igreja baseou-se em passagens
bíblicas, como a referência à torre
de Babel, para sustentar que cada
povo deveria ter a sua língua e viver separadamente.
Suas conclusões foram rejeitadas
pelas igrejas reformadas da Europa e dos EUA e, em 1982, a NGK foi
excluída da Aliança Mundial de
Igrejas Reformadas. Em 1986, a
NGK condenou suas próprias tentativas de justificar o apartheid e,
em 1989, definiu o sistema racista
como pecado.
²
Subdivisão étnica
Em meados dos século passado, a
NGK começou a criar as "igrejas-filhas", para congregar outros grupos étnicos, como a Igreja Holandesa Reformada na África (Igreja
Bantu, para negros) e a Igreja Holandesa Reformada Missionária
(para mestiços).
A partir de 1994, com a vitória do
líder negro Nelson Mandela nas
eleições presidenciais, foi iniciada
a reunificação das facções da Igreja
Holandesa. A NGK é a mais refratária à união.
(AOA)
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