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PERFIL
Candidato ganhou fama defendendo consumidores
DA REDAÇÃO
O candidato presidencial independente Ralph Nader, 69, é
um controverso defensor de
causas progressistas e ambientalistas e dos direitos dos consumidores.
Grisalho, de rosto magro e voz
grave, ele conserva uma vitalidade e um humor cáustico que raramente o abandonam. Em
2003, Nader achou que, se os
Verdes não o quisessem como
candidato à Presidência em novembro de 2004, ele poderia
apresentar-se como independente ou até como candidato republicano, para concorrer com
George W. Bush nas primárias.
"Não seria interessante minha
candidatura como republicano?", perguntou, com expressão
de falsa ingenuidade.
Nascido em 27 de fevereiro de
1934 em Winsted, Connecticut,
de pais de origem libanesa,
Ralph Nader estudou direito em
Harvard no final dos anos 1950.
Na época, lutou para que as árvores do campus universitário
não fossem tratadas com desfolhante químico.
Nader ficou famoso em 1965
com a publicação de um best-seller, "Esses Veículos que Matam", em que abordava a responsabilidade dos fabricantes de
automóveis pela segurança das
vias públicas. A General Motors
tentou desacreditá-lo, mas Nader ganhou um processo milionário por difamação contra a
empresa. Graças a ele, os cintos
de segurança se tornaram obrigatórios.
Com o dinheiro que recebeu,
Nader lançou um movimento de
consumidores e ganhou projeção nacional. Combateu, entre
outros, companhias de seguros e
acordos comerciais que, segundo ele, atentavam contra a soberania americana, e defendeu o
acesso dos pobres à Justiça.
No âmbito internacional, Nader, que é solteiro convicto e milionário, participa ativamente
do movimento antiglobalização.
Nos EUA, criou inúmeras organizações ambientalistas.
Agitador da política americana, se desentendeu com os democratas, que o acusam, entre
outras coisas, de ter provocado,
com sua candidatura presidencial em 2000, a derrota do candidato democrata Al Gore pelo republicano George W. Bush.
Candidato dos Verdes pela
primeira vez em 1996, Ralph Nader recebeu 1% dos votos. Em
2000 seu desempenho melhorou: teve 2,7%.
Com agências internacionais
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