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Ex-presidente Carter também critica republicano, mas recua após ataque
DE WASHINGTON
Após criticar o governo Bush,
ser chamado de "irrelevante"
pelo porta-voz substituto da
Casa Branca e receber uma resposta elegante do republicano,
o ex-presidente democrata
Jimmy Carter voltou atrás. No
sábado, Carter (1977-81) disse a
um jornal do Arkansas que a
administração de George W.
Bush "era a pior da história",
seguida de perto pela política
externa de Richard Nixon,
George Bush e Ronald Reagan.
No domingo, o porta-voz
substituto da Casa Branca,
Tony Fratto, dispararia que as
declarações do ex-ocupante da
Casa Branca só demonstravam
o quão "crescentemente irrelevante" ele é no debate político.
No dia seguinte, indagado sobre as declarações de seu antecessor, Bush contemporizaria:
"Recebo muitas críticas de
muitos lugares, faz parte do
cargo."
Então, o ex-presidente de 82
anos e prêmio Nobel da Paz
voltaria (parcialmente) atrás.
Em entrevista a uma emissora
de TV, afirmaria que suas declarações foram feitas "sem
cuidado ou talvez mal-interpretadas". Na verdade, disse,
ele acha que Nixon teve uma
política externa "muito produtiva e boa". E que, comparada à
de Nixon é que a política de
Bush era "muito pior".
Mas foi o suficiente para que
voltasse à discussão uma regra
não escrita (e freqüentemente
desobedecida) segundo a qual
ex-presidentes não criticam
atuais presidentes quando esses ainda estão no governo. Em
protesto a Carter, Mike Huckabee, pré-candidato republicano
à Presidência, cancelou a participação em uma conferência
organizada pelo democrata.
Até Al Gore entrou na briga.
Instado a comentar o caso, disse: "Estou perdendo a objetividade no tocante a Bush e Cheney. Então, não sou a melhor
testemunha para dizer se sua
presidência foi a pior. Não votei
nele. E não acho que ele deveria
ser presidente".
(SD)
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