São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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Ex-presidente Carter também critica republicano, mas recua após ataque

DE WASHINGTON

Após criticar o governo Bush, ser chamado de "irrelevante" pelo porta-voz substituto da Casa Branca e receber uma resposta elegante do republicano, o ex-presidente democrata Jimmy Carter voltou atrás. No sábado, Carter (1977-81) disse a um jornal do Arkansas que a administração de George W. Bush "era a pior da história", seguida de perto pela política externa de Richard Nixon, George Bush e Ronald Reagan.
No domingo, o porta-voz substituto da Casa Branca, Tony Fratto, dispararia que as declarações do ex-ocupante da Casa Branca só demonstravam o quão "crescentemente irrelevante" ele é no debate político. No dia seguinte, indagado sobre as declarações de seu antecessor, Bush contemporizaria: "Recebo muitas críticas de muitos lugares, faz parte do cargo."
Então, o ex-presidente de 82 anos e prêmio Nobel da Paz voltaria (parcialmente) atrás. Em entrevista a uma emissora de TV, afirmaria que suas declarações foram feitas "sem cuidado ou talvez mal-interpretadas". Na verdade, disse, ele acha que Nixon teve uma política externa "muito produtiva e boa". E que, comparada à de Nixon é que a política de Bush era "muito pior".
Mas foi o suficiente para que voltasse à discussão uma regra não escrita (e freqüentemente desobedecida) segundo a qual ex-presidentes não criticam atuais presidentes quando esses ainda estão no governo. Em protesto a Carter, Mike Huckabee, pré-candidato republicano à Presidência, cancelou a participação em uma conferência organizada pelo democrata.
Até Al Gore entrou na briga. Instado a comentar o caso, disse: "Estou perdendo a objetividade no tocante a Bush e Cheney. Então, não sou a melhor testemunha para dizer se sua presidência foi a pior. Não votei nele. E não acho que ele deveria ser presidente". (SD)


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