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A FAVOR
"É uma declaração retumbante"
DE NOVA YORK
A presidente da Universidade
de Michigan, Mary Sue Coleman,
definiu o resultado de ontem como "uma tremenda vitória".
Ela defende que a entidade conseguiu a bênção da Suprema Corte para seu principal ponto, o de
que é constitucional praticar ação
afirmativa -diminuindo, assim,
a importância da derrota que sofreu em relação à maneira como
implementou a idéia.
"É uma declaração retumbante
que será ouvida pelo país, em nossas salas de aula e no mundo empresarial", disse Coleman por
meio de um comunicado.
A palavra da Suprema Corte foi
comemorada no campus da Universidade de Michigan por professores e alunos, que dizem esperar que o clima da escola melhore
com o fim do caso.
"A decisão sustenta o princípio
de que as escolas têm o direito não
apenas de usar seus critérios, mas
de que há interesse de que a diversidade esteja entre eles", disse, à
Associated Press, Cheryl Fields,
porta-voz da National Association for State Universities, que
reúne 211 universidades.
Entidades que apóiam as práticas da universidade, porém, foram mais céticas em relação à
conclusão da Suprema Corte.
"Gosto do aspecto positivo da
decisão. As pessoas não falam
muito sobre a parte da graduação
na decisão. Esse é um problema.
Mas estou satisfeito, poderia ter
sido completamente diferente",
disse Robert W. Ethridge, presidente da American Association
for Affirmative Association.
Já o American Civil Rights Institute apontou que a decisão abre o
caminho para mais conflitos. Algo, aliás, exatamente contrário ao
pedido feito pelos advogados de
ambos os lados à Suprema Corte
-durante o processo, solicitaram que os juízes definissem de
uma vez o que pode e o que não
pode ser feito.
"As decisões foram mistas e
ambíguas. Vão levar nosso país
para outra geração de confronto e
agonia sobre os usos permitidos
de raça. Importante, a corte opinou que discriminação racial, da
forma que eles estão agora aprovando, será inconstitucional em
25 anos. A questão óbvia é, se discriminação racial como aprovada
agora pela corte poderá ser inconstitucional em 25 anos, por
que não é agora?", disse Ward
Connerly, presidente do American Civil Rights Institute.
Ethredige, da American Association for Affirmative Action,
apontou na mesma direção. "Foi
positivo para os dois lados. Acho
que vamos ver mais casos."
Em sua opinião, a universidade
tem agora de buscar se adaptar às
novas determinações para manter seu programa de pé. "O que
precisa ser feito é ver o candidato
por todos os aspectos", afirmou
Ethredige. (RD)
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