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Insurgentes seqüestram diplomata egípcio
DA REDAÇÃO
Insurgentes seqüestraram ontem um diplomata do Egito no
Iraque e exortaram seu governo a
suspender supostos planos de enviar especialistas em segurança ao
país. É a primeira vez que a onda
de seqüestros de estrangeiros no
Iraque, que ganhou força a partir
de abril, atinge uma autoridade.
A demanda feita pelo desconhecido grupo Brigada dos Leões de
Allah, que divulgou uma fita de
vídeo na TV Al Jazira (de Qatar), é
pouco clara. Segundo o chanceler
egípcio, Ahmed Aboul Gheit, o
país não tem nenhum plano de
enviar forças ao Iraque e "a questão nem chegou a ser discutida".
O Egito se ofereceu para treinar
policiais iraquianos em seu território, mas se recusou a enviar
uma equipe ao Iraque.
O seqüestro de Mohammed
Mamdouh Helmi Qutb foi confirmado por outro diplomata egípcio em Bagdá. "Onde está o islã?
Ele estava indo à mesquita quando o seqüestraram", disse.
No vídeo exibido pela Al Jazira,
Qutb aparece sentado na frente de
seis homens encapuzados, alguns
deles armados com fuzis. Segundo um apresentador da Al Jazira
-o áudio do vídeo é precário-,
os captores disseram que o seqüestro ocorreu porque o governo egípcio estava planejando enviar uma equipe de especialistas
em segurança para ajudar o governo interino iraquiano.
Nenhuma ameaça específica foi
feita contra Qutb. Segundo a Al
Jazira, ele disse estar sendo bem
tratado e afirmou que a missão
egípcia em Bagdá não coopera
com a Força Multinacional liderada pelos EUA, mas apenas "tenta
ajudar o Iraque a se reconstruir".
Seguem em poder de seqüestradores no Iraque três quenianos,
três indianos e um egípcio que
trabalham para uma firma do
Kuait e foram capturados na
quarta-feira. A empresa, a KGL, se
recusa a deixar o país, mas disse
haver "negociações em curso".
O grupo mudou a exigência, pedindo que a KGL "pague uma
compensação às famílias dos
mortos em Fallujah", e estendeu
em 48 horas o prazo dado para
matar o primeiro refém -eles
ameaçaram matar um a cada 72
horas caso a demanda não fosse
cumprida, e o primeiro prazo expiraria hoje. Foi feita uma nova
exigência: que os pesos iraquianos que estão em cadeias dos
EUA e do Kuait sejam libertados.
Os EUA afirmam que Fallujah, a
oeste de Bagdá, abriga o esconderijo do terrorista jordaniano Abu
Musab Zarqawi, acusado de planejar a maioria dos atentados do
pós-guerra. Ontem, o comando
americano voltou a bombardear
alvos na cidade -ataques em junho deixaram mais de 40 mortos.
Nenhuma informação sobre baixas foi divulgada. Em ações anteriores, moradores da cidade acusaram os EUA de matar civis.
Em Samarra, ao norte da capital, dois soldados dos EUA morreram em um ataque com uma
bomba improvisada. Em Mossul
(norte), insurgentes assassinaram
o general da reserva iraquiano Salim Blaish. Em Bagdá, 11 iraquianos morreram e 12 ficaram feridos em dois acidentes envolvendo veículos militares dos EUA.
Com agências internacionais
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