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VENEZUELA
Eleitores escolhem 128 representantes neste domingo
Chávez tenta evitar abstenção
em eleição para constituinte
das agências internacionais
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tenta evitar um alto índice de abstenção na votação para
eleger a Assembléia Constituinte,
que ocorre neste domingo.
Em discurso na sacada do palácio presidencial na noite de anteontem, Chávez afirmou que votará às 6h (horário em que se inicia a votação) e recomendou que
seus adeptos acordem duas horas
antes. "Às 4h, a hora do ataque."
O referendo em que foi aprovada a convocação da Assembléia
Constituinte, realizado em 25 de
abril, teve 62% de abstenção.
Analistas afirmam que os candidatos apoiados por Chávez devem ter 60% dos votos. A abstenção poderia chegar a 54%.
Pesquisa da empresa Consultores 21 mostra que 8 dos 10 candidatos preferidos entre os eleitores
são da aliança que apóia Chávez,
o Pólo Patriótico.
Seus adversários dizem que, se
os partidários do presidente conseguirem a maioria, o Congresso,
controlado pela oposição, e a Corte Suprema poderiam ser dissolvidos pela constituinte, levando a
uma concentração de todos os
poderes nas mãos de Chávez.
Chávez diz que a Assembléia
Constituinte representa uma "revolução pacífica e democrática".
A Assembléia Constituinte terá
seis meses para redigir a nova
Constituição. No domingo, serão
eleitos 128 dos 131 membros -3
representantes indígenas já foram
escolhidos. Há 11 milhões de eleitores e 1.170 candidatos.
A atual Constituição venezuelana, a 26ª do país, data de 1961. Segundo Chávez, sob ela a corrupção floresceu e o sistema judicial
serviu aos interesses dos ricos.
Chávez liderou uma tentativa
de golpe militar em 1992. Com
um discurso anticorrupção, venceu as eleições em dezembro.
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