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ARGENTINA
Oposição tenta estratégia para barrar vitória de Cristina
DE BUENOS AIRES
A pouco mais de dois meses para as eleições, a oposição tenta suas últimas cartadas para impedir que a senadora e primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner
seja eleita presidente no primeiro turno. Ontem foram
confirmadas mais duas candidaturas: a dos governadores Alberto Rodríguez Sáa e
Jorge Sobisch.
Sáa, irmão de Adolfo Rodríguez Saá, que presidiu a
Argentina por uma semana
durante a crise de 2001, foi
reeleito no fim de semana
governador da Província de
San Luís com quase 85% dos
votos. A performance o creditou para ser escolhido candidato da ala peronista que
não apóia Kirchner.
A decisão levou Sobisch,
que apoiava o grupo, a se desvincular e insistir no lançamento de sua própria candidatura. Ele governa a Província de Neuquén e já vinha cogitando sua candidatura desde o início do ano, mas atrasou seus planos devido à repercussão negativa pela
morte de um professor em
abril, durante enfrentamento entre manifestantes e a
polícia da Província.
Enquanto isso, dois dos
principais candidatos da
oposição correm contra o relógio para formar uma aliança -Elisa Carrió, que disputa
o segundo lugar nas pesquisas com Roberto Lavagna,
abriu as portas a um acordo
com Ricardo López Murphy.
Ambos têm origem na União
Cívica Radical, mas seus aliados resistem. O prazo para
fechar acordo termina terça.
Já o governo aposta nas
boas notícias econômicas para manter a folgada vantagem de Cristina nas pesquisas -segundo um levantamento do instituto Ipsos
Mora, divulgado ontem, ela
tem 49% das intenções de
voto, contra 11% de Lavagna
e 9% de Carrió.
Ontem, o governo anunciou que aumentará a partir
de 1º de setembro em 40% a
ajuda mensal para trabalhadores que ganham até 4.000
pesos (cerca de R$ 2.550) e
têm filhos. A ajuda mínima
por filho passou de 36 a 50
pesos e a máxima, de 72 a
100.
(RODRIGO RÖTZSCH)
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