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BESLAN
Placar pró-Putin foi de 343 a 0
Duma aprova rígido plano antiterror russo
DA REDAÇÃO
A Câmara Baixa do Parlamento
da Rússia (Duma) aprovou anteontem um abrangente plano
antiterror que propõe a ampliação dos poderes de todas as agências envolvidas no combate ao
terrorismo, mas também ameaça
punir funcionários que falharem
em impedir ataques terroristas.
Reunidos pela primeira vez
após a recente série de ataques
terroristas, que inclui a invasão de
uma escola em Beslan onde morreram mais de 300 pessoas, os
parlamentares aprovaram o plano antiterror por 343 votos a 0,
com quatro abstenções. O plano
estabelece qual será a legislação
que será apresentada para votação no Parlamento durante os
próximos meses.
Vladimir Vailyev, presidente do
comitê de segurança da Duma,
disse que entrarão na pauta 40
projetos de lei antiterror.
"Todas as instituições da sociedade civil e todos os setores do governo devem estar preparados
para resistir a esse mal", diz o plano antiterror. O texto não especifica quais agências serão afetadas.
Enquanto os governistas, que
dominam a Duma, facilmente
reuniram apoio para aprovar o
plano, alguns oposicionistas
questionaram a estratégia.
"Estamos procurando as razões
dos atos terroristas em todos os
lugares, mas o principal motivo
está em Moscou, no curso e na
política conduzidos neste país",
disse o parlamentar comunista
Gennady Zyuganov.
O plano antiterror exorta "mudanças radicais", que dariam
"status especial" às agências envolvidas no combate ao terrorismo durante operações antiterror.
A resolução da Duma também
defende penas maiores para
aqueles que ajudam ou financiam
terroristas e para funcionários cujos "abusos ou negligência" levarem a um ataque terrorista, mas
não especifica as penalidades.
Apesar de defendida por alguns
congressistas, a Duma não incluiu
a restauração da pena de morte,
suspensa no país desde 1996.
Outras medidas propostas incluem a criação de procedimentos para emissão de passaportes e
vistos em algumas regiões russas,
aperto do controle sobre o dinheiro que ingressa no país e aumentar a segurança em metrôs, ferrovias e aviões comerciais.
Os parlamentares planejam ainda destinar mais recursos para esforços antiterroristas, assim como pagamentos adicionais aos
membros de operação antiterror
e mais benefícios para as vítimas.
Sem indenização
A indefinição sobre exatamente
quantas pessoas morreram em
Beslan três semanas após a tragédia está impedindo a distribuição
de mais de US$ 20 milhões em
doações feitas por empresas e
pessoas russas e estrangeiras, informaram ontem fontes oficiais.
De acordo com o governo russo, 1.189 pessoas foram mantidas
reféns. Já a escola diz que havia
1.350 pessoas dentro do prédio.
Outra dificuldade é a identificação de alguns restos mortais.
Até agora, as vítimas têm recebido dinheiro apenas do governo
local e de doações feitas diretamente por doadores pelo site
www.beslan.ru.
Com agências internacionais
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