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EUA condicionam reaproximação com a Alemanha
DA FRANCE PRESSE
O "Frankfurter Allgemeine
Zeitung", conceituado diário
alemão, afirmou ontem que
Washington tinha enviado a
Berlim uma lista de exigências
para melhorar as relações entre
os EUA e a Alemanha. Porém,
mais tarde, o Departamento de
Estado dos EUA disse que se
tratava apenas de sugestões,
não de exigências.
"Acreditamos que [as sugestões] sejam coisas boas. Os alemães deveriam tomar essas
medidas, porém não apresentamos a eles uma lista de exigências", afirmou um funcionário do governo dos EUA
(que não quis identificar-se).
Segundo o jornal, a lista diz
respeito sobretudo à questão
iraquiana e à posição que Berlim adotará sobre o tema na cúpula da Otan que ocorrerá em
novembro, em Praga (República Tcheca). Ainda de acordo
com o diário, Washington também quer que os alemães
apóiem a força de reação rápida da aliança militar ocidental e
a entrada da Turquia, aliada
dos EUA, na União Européia.
Um porta-voz da Chancelaria alemã negou a existência da
lista. Porém, segundo o jornal,
funcionários do governo alemão confirmaram sua existência, mas não quiseram falar sobre seu conteúdo.
As relações entre os dois países, que são aliados desde o final da Segunda Guerra, se deterioraram recentemente. Durante a campanha eleitoral alemã, em setembro último, o
chanceler (premiê) alemão,
Gerhard Schröder, atacou duramente a política dos EUA em
relação ao Iraque. Ademais,
uma ex-ministra de Schröder
comparou os métodos de
George W. Bush aos do ditador
nazista, Adolf Hitler, causando
uma crise diplomática.
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