DA REDAÇÃO

Dois atentados suicidas com carros-bomba das forças insurgentes no Iraque mataram 20 pessoas e feriram mais de 40 na manhã de ontem.
O primeiro aconteceu nas proximidades de uma base de fuzileiros navais americanos, matando 16 pessoas e ferindo 40. Segundo o tenente dos fuzileiros Lyle Gilbert, a explosão ocorreu por volta das 7h da manhã, horário local, em um posto policial próximo à base de Al Asad (180 km a noroeste de Bagdá). Ele disse também que não há americanos entre as vítimas.
O outro atentado aconteceu na vila de Ishaqi, ao norte de Bagdá. Um suicida explodiu seu carro-bomba ao passar por um posto de verificação mantido pela Guarda Nacional Iraquiana. Um oficial da polícia disse à agência Reuters que a explosão matou quatro policiais e feriu outros seis.
A polícia também confirmou que rebeldes mataram dois caminhoneiros turcos e feriram outros dois num ataque próximo à cidade de Mosul (norte). Além disso, seis soldados americanos ficaram feridos após serem atacados por veículos blindados de guerrilheiros em uma estrada que dá acesso ao aeroporto de Bagdá.

Contra o relógio
A onda de violência acelerou os trabalhos dos militares americanos e do governo interino do Iraque, que tentam controlar a insurgência antes das eleições, marcadas para janeiro.
Na madrugada de sábado, aviões dos EUA bombardearam alvos em Fallujah, dominada pelos rebeldes, matando duas pessoas. Funcionários de um hospital local disseram que mais três pessoas foram feridas.
Em outra ação noturna, oficiais do exército americano afirmam ter capturado um tenente ligado ao terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi e mais cinco outros suspeitos em um local apontado como esconderijo de militantes jordanianos, em Fallujah (sul).
O nome do suspeito e sua nacionalidade não foram divulgados no anúncio oficial, mas os militares afirmaram que ele fora visto em operações de Zarqawi. "Contudo, devido ao grande número de pessoas ligadas a ele [Zarqawi] que foram capturadas ou mortas em ataques americanos ou outras operações, ele pode ter subido de patente e assumido uma posição de liderança num momento crítico", diz o comunicado oficial.

Decapitação
O grupo militante iraquiano Ansar al Sunna, supostamente vinculado à Al Qaeda, divulgou ontem, em seu site, fotos da decapitação de um iraquiano que seria espião dos EUA.
Até a conclusão desta edição, não havia confirmação da autenticidade das fotos, que mostram o homem ajoelhado diante de homens encapuzados e armados.
As tropas de Ansar al Sunna já seqüestraram e mataram vários reféns, incluindo 12 nepaleses e diversos curdos.