São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

IMPASSE NUCLEAR

Sanções à Coréia do Norte não adiantam, diz chefe da AIEA

DA REDAÇÃO

O diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Mohamed El Baradei, pôs em dúvida ontem a eficácia das sanções contra a Coréia do Norte -que têm como objetivo forçar o país a interromper seu programa nuclear-, dizendo que os EUA terão de negociar com o regime comunista. A afirmação foi feita após encontro com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que não deu declarações.
"Impor punições não é a solução", disse Baradei. "Eles sentem que estão isolados e que não têm a segurança de que precisam." Após a Coréia do Norte realizar, no dia 9, seu primeiro teste nuclear, o Conselho de Segurança da ONU aprovou sanções como a inspeção de navios de carga que zarpem ou rumem para o país -para evitar o tráfico de itens considerados perigosos- e o embargo sobre as importações norte-coreanas de produtos de luxo.
Rice concluiu no domingo sua viagem à Ásia e à Rússia, que visou reforçar o apoio às sanções. "A secretária assegurou que eles continuarão sob proteção nuclear dos EUA", disse Baradei.
Para o diretor, seja tratando diretamente com Pyongyang, seja por meio do grupo de seis países que tentou, sem sucesso, impedir o programa, os EUA terão que sentar à mesa de negociações. Um número crescente de congressistas e autoridades pressionam o governo Bush nesse sentido.


Com agências internacionais


Texto Anterior: O ranking da liberdade de imprensa
Próximo Texto: Vice iraquiano alerta para riscos de saída precipitada
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.