DA REDAÇÃO

O premiê israelense Ehud Olmert, com dificuldades para manter o apoio parlamentar, anunciou ontem que o partido de extrema direita Yisrael Beiteinu ("Israel é nosso lar") fará parte do governo. O partido defende que Israel cancele a cidadania de muçulmanos e bombardeie cidades palestinas.
A decisão sinaliza que o premiê está hoje mais preocupado com a política interna que com iniciativas para lidar com a questão palestina. Olmert já indicara que o tema central de sua campanha, a retirada de assentamentos judeus na Cisjordânia, seria posto de lado. O Yisrael Beiteinu não só se opõe à saída mas defende a anexação de novos territórios.
A coalizão de Olmert tem 67 das 120 cadeiras do Parlamento e, com a nova aliança, ganha 11. O acordo significa a ampliação do espectro ideológico na coalizão governista, incluindo liberais, centristas, direita e partidos religiosos. O Partido Trabalhista, de tendência esquerdista, expressou fortes objeções à aliança.

Gaza
As forças israelenses mataram ontem sete palestinos e feriram 20 em Gaza, numa operação, argumentam, destinada a neutralizar plataformas de lançamento de mísseis artesanais. Segundo testemunhas, três dos mortos estavam no funeral de um militante. O premiê Ismail Haniyeh, do Hamas, condenou as mortes, que já somam 21 neste mês e 260 desde o seqüestro, em junho, de um soldado israelense por uma milícia.