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"Governo desiste de questões que defendeu na campanha"
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Foi a primeira vez que trabalhei diretamente em uma
campanha.
Fiz não só porque queria
ser parte de um momento
histórico, mas também porque Obama parecia ter uma
nova abordagem para lidar
com as questões que enfrentávamos como um país.
Trabalhei como voluntário, no "Harlem for Obama"
[no bairro do Harlem, onde
há forte comunidade negra].
Gastava de duas a quatro horas por semana nisso.
Esperava que Obama levasse alguma sanidade e alguma moderação a Washington. Esperava que ele ajudasse a trazer os dois partidos
dominantes para a mesa.
Também achava que as
políticas ajudariam na recuperação da economia.
Acredito que o governo poderia estar indo muito melhor. Estou continuamente
desapontado ao ver a administração desistindo de muitas das questões que defendeu durante a campanha.
A hesitação para levar
adiante a reforma imigratória, por exemplo. Parecem ter
medo de escolher posição em
discussões controversas.
Mas acho que há tempo
para Obama se recuperar. O
principal é que ele coloque
em prática políticas que reduzam o desemprego.
Gosto de algumas reformas que ele fez até agora, como a da saúde, mas espero
que faça algo até o fim do
mandato que coloque as pessoas de volta ao trabalho.
Seria difícil me envolver
novamente em uma campanha, porque me parece que
os políticos estão interessados só em manter seu cargo.
Nosso sistema não é feito
para manter um partido no
poder indefinidamente, mas
os políticos parecem agir para isso. É desanimador.
Planejo votar em novembro, porque as alternativas
que vi apresentadas pelo
país todo são inaceitáveis.
Devo apoiar os democratas, mas não estou envolvido
com o partido.
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