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ÁSIA
Centenas de casas desabaram na região afetada, a 2.800 km de Pequim
Terremoto mata pelo menos 260 pessoas na China
JOSEPH KAHN
DO "THE NEW YORK TIMES", EM XANGAI
Um terremoto forte sacudiu
uma região ao longo da fronteira
ocidental da China, deixando pelo
menos 260 mortos e destruindo
centenas de casas e construções.
Especialistas em sismologia disseram que o terremoto alcançou
6,8 graus na escala Richter e atingiu uma área em volta da cidade
de Jiashi, a pouca distância da
fronteira chinesa com o Quirguistão e o Tadjiquistão, numa região
montanhosa. O terremoto aconteceu pouco depois das 10h, quando as pessoas estavam indo ao
trabalho e os estudantes, começando as aulas do dia.
As autoridades disseram que o
Exército mobilizou tropas para
ajudar a escavar os escombros em
busca de sobreviventes e corpos.
Até a noite de ontem já tinham sido contabilizados 260 mortos e
havia mais de mil feridos, informou Zhang Yong, do Centro de
Sismologia de Xinjiang.
"Nem uma única casa nesta região escapou ilesa", disse Li Juan,
funcionária do governo no município de Qiongkuer Chake, um
dos mais atingidos. Ela percorreu
a área do impacto depois que a sede governamental onde trabalha,
um prédio de quatro andares, desabou. "Há corpos espalhados
por todas as ruas. É uma visão pavorosa", afirmou.
Moradores disseram que, de
acordo com os costumes da região (de maioria muçulmana), os
parentes dos mortos estavam cobrindo os corpos com panos
brancos e fazendo enterros imediatos. Muitas pessoas que perderam suas casas se protegeram
com cobertores contra o frio.
A agência de notícias oficial Nova China informou que centenas
de casas e escritórios, além de pelo
menos uma escola, desabaram
em Bachu. Um funcionário público atribuiu os danos aos baixos
padrões seguidos na construção
civil. "A qualidade das construções na região é muito baixa", disse Song Lijun, que também trabalha no Centro de Sismologia de
Xinjiang. "Como há escolas entre
os edifícios destruídos, tememos
que haja crianças entre os mortos", afirmou.
Song disse não saber ao certo
como andavam os trabalhos de
resgate, nem se o número de mortos ainda vai subir muito. As comunicações entre os povoados e
as cidades pequenas da região estão prejudicadas, e representantes
do governo disseram que pode levar dias até que se saiba ao certo a
extensão da destruição.
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