São Paulo, sábado, 25 de abril de 2009

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Brasil ampliará fiscalização nos portos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) afirmou ontem em nota que intensificará sua ação nos portos de entrada do Brasil por conta dos casos de gripe suína.
No entanto, o trânsito de passageiros entre Brasil e México não foi restringido, por não haver orientação da OMS, segundo a agência.
As medidas anunciadas são a orientação aos viajantes que vão ao México ou voltam de lá, a vigilância de casos suspeitos, a inspeção de cargas e bagagens, a desinfecção de meios de transporte e o uso de equipamentos de proteção individual.
Já o governo mexicano disse que, a princípio, a entrada de turistas segue igual.
A gripe suína pode ser contraída tanto pelo contato direto com as secreções das vias respiratórias do porco infectado quanto pelo contato entre humanos -o que não ocorre na gripe aviária.
A primeira possibilidade é excluída no Brasil, que não importa os animais do México, segundo o Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Ná há risco em comer carne cozida, pois o vírus não resiste à alta temperatura.
Com isso, apenas viajantes infectados podem trazer o vírus ao Brasil.
O contágio de humano para humano ocorre principalmente por meio de gotículas de saliva, diz o virologista Celso Granato, da Unifesp.
A transmissão também ocorre pelas mãos e pela alimentação, embora com importância menor.
Segundo o virologista Cláudio Sérgio Pannuti, diretor do Instituto de Medicina Tropical da USP, o porco é um animal especificamente perigoso por albergar tanto vírus humanos quanto de animais. Esses diferentes vírus podem ser recombinados em seu organismo, criando novas cepas.
Os híbridos resultantes podem espalhar-se rapidamente, pois os infectados não teriam defesas naturais contra eles.


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