|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
saiba mais
Novo foco americano deixa vácuo
DA REDAÇÃO
A mudança do epicentro
da "guerra ao terror" do
Iraque para o Afeganistão,
promovida por Barack
Obama, já deixa um vácuo
no país árabe.
O reflexo disso é o aumento de focos de insurgência -a níveis menores
que os registrados na esteira da invasão americana
de 2003, embora ainda
preocupantes- em locais
antes tidos como seguros.
Os EUA têm hoje 142
mil militares no Iraque, ou
83,5% do efetivo máximo
em serviço no país, em outubro de 2007. Pelo pacto
de retirada com o governo
iraquiano do final de 2008,
os americanos devem deixar de patrulhar áreas urbanas até 30 de junho.
Já em curso, a transferência de missões de segurança às forças iraquianas
é parte do problema.
Compostos sobretudo
por quadros da maioria
xiita, o Exército e a polícia
assimilaram até agora cerca de 5.000 membros dos
Conselhos do Despertar,
grupos estimados em 94
mil sunitas armados e
bancados pelos americanos para combater a Al
Qaeda (também sunita) e
cuja atuação foi crucial para conter o terrorismo. O
governo se comprometera
a assimilar cerca de 19 mil.
As forças oficiais pagam
aos paramilitares metade
do que recebem seus quadros regulares. E mesmo
assim, com a queda do preço do petróleo neste ano,
falta dinheiro. Ex-membros dos grupos mercenários têm reclamado de meses de salários em atraso.
Outra consequência do
acordo entre EUA e Iraque
-a obrigação dos americanos de soltarem todos seus
detentos contra quem não
há provas para acusação
na Justiça local- pesa para o aumento da violência.
Centenas de ex-membros do majoritariamente
sunita Partido Baath, de
Saddam Hussein, têm sido
libertados. E ao menos um
cometeu ataque suicida.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Atentados matam 66 no Iraque Próximo Texto: Pentágono vai divulgar fotos de abusos no Iraque Índice
|