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Até Parkinson vira trunfo para candidatura
DE CARACAS
Em 9 de abril, pouco
após assumir o segundo
lugar nas pesquisas, Antanas Mockus revelou que
sofre de mal de Parkinson.
Mas, num sinal de seu
bom momento e do acerto
da mensagem de ética
martelada por sua campanha, até o fato se transformou numa enxurrada de
mensagens elogiando sua
transparência -sinal dos
novos tempos que quer
para a política. Depois disso, cresceria ainda mais
nas pesquisas.
Os principais candidatos resolveram não usar o
tema da doença na campanha. O presidente Álvaro
Uribe, que chegou a dizer
que a corrida presidencial
não era trabalho "para um
cavalo deficiente", foi
muito criticado e não voltou ao assunto.
A doença de Mockus era
comentário nos bastidores
políticos semanas antes da
revelação. Um blog ligado
ao site Silla Vacía mencionou o tema. "Perguntamos, e ele negou que tinha
a doença. Depois tomou a
decisão correta", diz Juanita León, diretora do site.
O mal de Parkinson é
uma doença neurodegenerativa, lentamente progressiva e incurável, que
afeta principalmente o sistema motor, mas também
o cognitivo. Mockus, segundo seus médicos, está
em um estágio inicial da
doença. Medicado, tem 12
anos de "boa saúde" pela
frente, disse.
"Entendo a preocupação dos cidadãos, mas espero que não me crucifiquem por ter uma doença
física, e não mental."
(FM)
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